Por norma, os modelos citadinos não são, propriamente, os mais estimulantes do mercado. Mas, com as devidas doses de empenho e de imaginação, até um automóvel de vocação eminentemente racional se pode converter em algo apaixonante. A prová-lo está o Citigo, a interpretação da Skoda do citadino comercializado pela Volkswagen sob a designação up!, e pela Seat com o Mii. E a sua versão mais deliciosa de sempre, de seu nome Element, foi idealizada e materializada por um grupo de 22 alunos da Skoda Academy, a escola vocacional do construtor checo.

Uma transformação absolutamente radical. Porventura não tanto a troca do motor de combustão por um motor eléctrico: mesmo não tendo sido divulgadas as respectivas especificações, há que lembrar que o seu homólogo da Volkswagen já é proposto numa versão eléctrica (o e-up!), pelo que, pelo menos, uma base de trabalho já existia.

Mas que dizer da conversão da carroçaria fechada num atraente buggy? Só na remoção do tejadilho, na supressão do banco traseiro, na substituição da bagageira por uma plataforma de carga e na adaptação do motor eléctrico, os jovens despenderam 1.500 horas de trabalho! Ao mesmo tempo, o perfil do veículo foi sujeito a inúmeras modificações, sendo a mais evidente a remoção das portas.

Ainda assim, este não é o primeiro projecto do género da marca de Mladá Boleslav nos últimos anos. Vale a pena recordar o Citijet de 2014 (um cabriolet destinado a cidade, também realizado com base no Citigo), a Funstar de 2015 (uma versão pick-up do Fabia) e o Atero de 2016 (a versão coupé do Rapid).

O Element é, também, o segundo protótipo totalmente eléctrico da Skoda, depois do Vision E, revelado no passado mês de Abril, no Salão de Xangai. Mas se já se sabe que este evoluirá para um modelo de produção em série a revelar em breve, ao Element restar-lhe-á ilustrar o currículo dos seus criadores, enriquecer o museu da Skoda e fazer sonhar os amantes deste género de proposta.

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