As forças norte-americanas destacadas no sul da Síria bombardearam um drone armado com origem iraniana, o segundo em 12 dias. É mais um sinal de fricção entre as forças fiéis ao regime do Presidente sírio Bashar al-Assad, como é o caso de Teerão, e as forças da coligação liderada pelos Estados Unidos. No início do mês de junho, um outro aparelho também já tinha sido destruído depois ter ter aberto fogo sobre as forças norte-americanas na Síria.

Segundo um comunicado da coligação, um caça norte-americano abriu fogo sobre o drone ao início da tarde de terça-feira porque se aproximou do posto de comando norte-americano em al-Tanf, um ponto estratégico perto da fronteira síria com a Jordânia e o Iraque, onde a coligação se encontra a combater o auto-proclamado Estado Islâmico (Daesh) e onde também o outro drone tinha sido neutralizado.

Os Estados Unidos têm sempre mantido que sua guerra é contra o Daesh e não contra os russos, que apoiam al-Assad, nem com o Irão, mas isso nem sempre tem sido possível. Na terça-feira, os Estados Unidos davam conta de um avião caça russo a voar “de forma errática” muito perto de um avião norte-americano posicionado Mar Báltico. Já a Rússia anunciou na segunda-feira que iria suspender uma linha de comunicação direta com as forças da NATO e ameaçou abater os aviões da coligação que se fossem encontrados a voar a oeste do rio Eufrates. Uma escalada das hostilidades que acontece depois de os Estados Unidos terem abatido um avião sírio que voava perto das forças norte-americanas enquanto estas avançavam sobre Raqqa, o bastião do Daesh no norte do país envolto num sangrento conflito há seis anos.

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