Cabo Verde vai negociar a introdução de três novos pilares no acordo de parceria que assinou há uma década com a União Europeia, indicou esta quarta-feira na Assembleia da República o chefe da diplomacia daquele país, Luís Filipe Tavares.

O governante cabo-verdiano, que também assume a pasta da Defesa, indicou que o país quer alargar o acordo de parceria às áreas do “investimento, crescimento e criação de empregos; problemática da gestão dos oceanos e economia marítima e reformas institucionais, tanto a nível central como local” e pediu a ajuda de Portugal, enquanto membro da UE, neste desígnio.

O ministro cabo-verdiano, presente esta quarta-feira numa audição conjunta das comissões parlamentares dos Negócios Estrangeiros e dos Assuntos Europeus para dar conta da parceria entre Cabo Verde e a UE, sublinhou ainda no balanço que fez o “aumento real dos fundos” de que o país tem beneficiado nos últimos quadros plurianuais do Fundo Europeu de Financiamento.

Estes fundos ascendem a 51 milhões de euros e mais três milhões adicionais para as vítimas da erupção do vulcão da Ilha do Fogo no X FED, para o período entre 2008-2013; e 55 milhões de euros para o Programa Indicativo Nacional e mais sete milhões adicionais para debelar efeitos das chuvas torrenciais na ilha de Santo Antão no âmbito do XI FED para o período 2014-2020.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Luís Filipe Tavares reconheceu “algumas insuficiências” na implementação da parceria especial com a UE, sublinhando que, “de 2008 a esta parte, vários planos anuais foram apresentados para os diferentes pilares, sob a forma de ‘scoreboards’. Contudo, a esmagadora maioria não logrou obter financiamento”, disse.

O ministro cabo-verdiano começou a sua intervenção por manifestar “as mais sentidas condolências” do país pelo “trágico acontecimento de Pedrógão Grande”.

Cabo Verde e os cabo-verdianos estão obviamente solidários com Portugal e com os portugueses nesta hora de tristeza e de luto”, afirmou.