A greve nacional dos técnicos de diagnóstico e terapêutica estava às 10h30 desta quarta-feira com uma adesão da ordem dos 100% nos principais hospitais centrais, estando apenas a ser cumpridos os serviços mínimos, segundo uma fonte sindical.

Em comunicado, o Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica (STSS), que convocou a paralisação, adiantam que “a taxa de adesão é da ordem dos 100 por cento”.

De acordo com o sindicato, a greve dos técnicos superiores de saúde das áreas de diagnóstico e terapêutica [para exigir a “imediata aprovação” do diploma que cria a carreira daqueles profissionais] está a paralisar o serviço nacional de saúde”.

Em declarações esta quarta-feira de manhã à agência Lusa, o presidente do sindicato, Almerindo Rego, remeteu para mais tarde dados concretos sobre a paralisação, salientando que “o levantamento da greve relativamente ao continente e ilhas está a ser feito”.

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Almerindo Rego garantiu que estão apenas a ser cumpridos os serviços mínimos estipulados.

Neste período apenas os serviços mínimos serão garantidos, como é o caso dos doentes oncológicos em quimioterapia e radioterapia e as unidades de queimados, tendo em conta a situação que alguns hospitais da zona centro do país vivem por causa das vítimas dos incêndios.”

A greve, marcada para exigir a “imediata aprovação” do diploma que cria a carreira daqueles profissionais, começou às 00h00 de hoje e prolonga-se até às 24h00 de quinta-feira.

A paralisação decretada pelo Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica (STSS) repete-se depois a partir de 29 de junho, por tempo indeterminado.

A greve poderá afetar áreas como as análises clínicas, a radiologia, a fisioterapia ou a cardiopneumologia.

Os trabalhadores vão efetuar esta tarde uma manifestação em frente ao Ministério da Saúde em protesto “pela discriminação de que são vítimas.

O Sindicato dos Técnicos Superiores de Saúde tem exigido que o processo de revisão de carreira seja finalizado, com publicação de diploma.

Estes profissionais queixam-se de que a carreira está desatualizada há quase 18 anos e têm feito outras greves para mostrar descontentamento face a um processo que nunca teve conclusão.

Na terça-feira, o Governo garantiu que a revisão da carreira dos Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica deverá ser aprovada em julho, mas o sindicato decidiu manter a greve para esta quarta-feira.

Esta área de trabalho abrange mais de 20 profissões, três delas por regulamentar, em áreas como análises clínicas, radiologia, fisioterapia, farmácia ou cardiopneumologia, num total de cerca de dez mil profissionais.