Momentos-chave
Histórico de atualizações
  • Este liveblog fica por aqui mas continuaremos a acompanhar as notícias sobre os incêndios que ainda lavram, sobretudo, nos concelhos de Góis, Pampilhosa e Arganil.

  • Fogo em Góis mantém-se com duas frentes ativas, mas combate evolui favoravelmente

    O fogo em Góis, distrito de Coimbra, que começou sábado mantém-se com duas frentes ativas, mas o combate às chamas está a evoluir favoravelmente, disse o comandante operacional Carlos Luís Tavares. A frente que lavra no sentido de Pampilhosa da Serra (distrito de Coimbra) está a ceder e aquele responsável admitiu que possa vir a ser controlada “dentro em breve”.

    As chamas, que evoluem em territórios dos concelhos de Arganil e Góis (no mesmo distrito), continuam a lavrar com intensidade, mas também poderão vir a ser controladas durante a noite, designadamente devido a uma baixa da temperatura e ao aumento da humidade. A frente virada para os concelhos de Arganil e de Góis começam a sofrer os efeitos de “alguma humidade” que ajudará a “cumprir a nossa missão para dominar este incêndio o mais rápido possível”, disse o comandante, sem excluir a possibilidade de isso ser possível nas próximas horas.

    Embora pelas 20h30 o combate ao fogo estivesse a “evoluir favoravelmente”, o comandante operacional sublinhou que será mantida no terreno a quantidade de meios que estão a operar.

    Durante a tarde desta quarta-feira, regressaram às suas casas os habitantes de duas das 27 aldeias que foram deslocados por causa do fogo na terça-feira. Elevam-se assim para cinco o total de povoações às quais regressaram esta quarta-feira os seus habitantes: Corterredor, Cabreira, Cadafaz, Sobral Benvindo e Cabeçadas.

    As pessoas que continuam deslocadas regressarão a suas casas logo que possível, mas só em segurança. “Não vamos correr riscos”, assegurou Carlos Luís Tavares, adiantando que os habitantes que tiveram de abandonar as suas residências “estão bem” e a serem acompanhadas, designadamente pelos serviços sociais das câmaras municipais de Góis e de Pampilhosa da Serra.

    (Lusa)

  • Ministra da Administração Interna recusa demitir-se. Pedrógão Grande foi “o momento mais difícil da sua vida”

    Admitindo que se houver falhas terão de ser corrigidas, a ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, disse esta quarta-feira em entrevista à RTP3 que “este foi o momento mais difícil” da sua vida, depois de negar que admitiu a possibilidade de se demitir.

    Ministra recusa demitir-se. Pedrógão foi “o momento mais difícil da minha vida”

  • O abastecimento de um Canadair italiano filmado do seu interior

    Um vídeo partilhado pelo Corpo Nacional de Bombeiros de Itália mostra o momento do abastecimento de um avião Canadair. O vídeo filmado a partir do interior do avião foi partilhado no Twitter:

  • Aviões espanhóis lançaram 900 toneladas de água esta quarta-feira

    A Força Aérea espanhola partilhou uma fotografia no Twitter tirada de um dos seus quatro aviões a sobrevoar a zona do incêndio em Pedrógão Grande. Os quatro aviões espanhóis lançaram esta quarta-feira quase 900 toneladas de água.

  • Imagem ilustrativa de um downburst

    Esta é uma imagem ilustrativa criada pela NASA de um downburst. Uma coluna de vento desce em direção à terra e depois espalha-se de modo radial em todas as direções. É por isso que pode ser confundido por um tornado. Pode ou não vir acompanhado de chuva. Onde esse vento se espalha, junto à superfície, as árvores ficam extremamente inclinadas.

  • Eletricidade reposta hoje nas regiões afetadas pelos incêndios

    As regiões de Pedrogão Grande, Castanheira de Pêra e Figueiró dos Vinhos, afetadas pelos incêndios do fim de semana, voltam a ter eletricidade a partir de hoje, quarta-feira, indicou a EDP Distribuição, que antecipou a reposição do serviço.

    Em comunicado enviado à agência Lusa, a EDP explica que a antecipação da reposição de abastecimento de eletricidade em Pedrogão Grande, Castanheira de Pêra e Figueiró dos Vinhos “foi possível graças à mobilização de operacionais de zonas limítrofes, potenciada pela disponibilização dos acessos, em articulação com a Proteção Civil e os Bombeiros, que veio permitir a circulação em segurança das equipas da EDP Distribuição”.

    Na terça-feira, o Presidente do Conselho de Administração da EDP Distribuição, João Torres, esteve nos locais afetados para acompanhar de perto a evolução dos trabalhos de reconstrução da rede de Baixa Tensão e as equipas que asseguram a continuidade desses trabalhos desde sábado à tarde.

    O responsável esteve também reunido com os autarcas das regiões, tendo ficado decidido que as juntas de freguesia vão ajudar a identificar as habitações que tenham a ligação à rede elétrica ainda danificada.

    A EDP Distribuição foi entretanto mobilizada para junto das estruturas de Proteção Civil situadas em Arganil e Coimbra.

    Lusa

  • GNR: Incêndio em Pedrógão Grande “surpreendeu todos” ao atingir estrada onde houve mortes

    O Comando Geral da GNR considera que a Estrada EN-236-1, onde ocorreu um elevado número de mortes no sábado, foi atingida no incêndio que deflagrou em Pedrógão Grande de forma “inesperada e assustadoramente repentina, surpreendendo todos”, vítimas e Guarda.

    Esta é uma das posições defendidas pelo Comando Geral da GNR em resposta ao pedido de esclarecimento urgente feito pelo primeiro-ministro, António Costa, que na terça-feira questionou qual a razão para não ter sido encerrada a EN 236-1, no sábado, durante a fase de expansão do incêndio que deflagrou em Pedrógão Grande, distrito de Leiria.

    No documento agora enviado ao primeiro-ministro, ao qual agência Lusa teve acesso – que será publicado no portal do Governo na Internet e que já foi enviado aos diferentes grupos parlamentares na Assembleia da República -, a GNR salvaguarda que, a par desta primeira resposta a António Costa, está também em curso “um processo de inquérito mandado instaurar pelo Comando Geral que corre os seus termos”.

    Foi num contexto de fenómeno invulgar que terão ocorrido os fatídicos acontecimentos da EN 236-1, uma vez que o fogo terá atingido esta estrada de forma totalmente inesperada, inusitada e assustadoramente repentina, surpreendendo todos, desde as vítimas aos agentes da proteção civil, nos quais se incluem os militares da Guarda destacados para o local”, lê-se na parte conclusiva da resposta ao líder do executivo.

    Segundo a explicação da GNR, no quadro do combate ao incêndio de Pedrógão Grande, “as patrulhas da Guarda, face à leitura da situação, havendo perigo para as pessoas e seus bens, e considerando a aproximação do fumo e fogo, cortaram a circulação no Itinerário Complementar (IC) 8 cerca das 18h50”.

    Passado algum tempo, tornando-se insustentável, pela evolução do incêndio, permanecer no mesmo local, a força da GNR foi forçada a recuar para a zona de confluência do referido IC 8 com a EN 236-1, mantendo-se, no entanto, no IC 8, garantindo o corte do itinerário no sentido oeste/leste”, refere o Comando Geral.

    Assim, de acordo com a mesma força, “o trânsito proveniente de oeste passava a ser encaminhado para a passagem superior, existindo ali três opções para os automobilistas: retroceder pelo mesmo IC em direção a oeste; tomar a EN 236-1 em direção a Figueiró dos Vinhos; ou a EN 236-1 em direção a Castanheira de Pera”.

    Nesta missiva, o Comando Geral da GNR sustenta depois que não havia então “qualquer indicador ou informação que apontasse para a existência de risco potencial ou efetivo em seguir por esta estrada (EN 236-1) em qualquer dos sentidos”.

    A GNR aponta ainda dificuldades operacionais na missão de cortar a EN 236-1.

    Acresce ainda referir que o acesso à EN 236-1 se faz a partir de múltiplos locais, muitos deles provenientes de pequenas localidades e propriedades existentes e não apenas a partir do IC 8”, observa-se no documento.

    Ainda segundo o Comando Geral da GNR, “apesar das dificuldades nas comunicações (todas), a Guarda montou em toda a área o socorro e apoio às populações, tendo em conta os múltiplos focos de incêndio e as povoações e casas em risco”.

    É relevante salientar que, durante o período em análise, como tem sido sustentado por vários especialistas, a zona foi alvo de condições meteorológicas verdadeiramente anómalas e adversas, com trovoadas secas e ventos intensos, que provocaram múltiplos focos de incêndios e propagações galopantes e imprevisíveis”, acrescenta-se na resposta ao pedido de esclarecimento urgente feito pelo primeiro-ministro.

    Lusa

  • Downburst, o fenómeno que intensificou o incêndio em Pedrógão Grande

    O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) considera que a “dinâmica” gerada pela conjugação entre incêndio e instabilidade climatérica, no sábado, em Pedrógão Grande, gerou no terreno condições excecionais para a propagação das chamas.

    Na carta dirigida ao primeiro-ministro, António Costa, ao qual a agência Lusa teve acesso, o IPMA sustenta também que as suas previsões para a tarde de sábado, na região de Pedrógão Grande, estiveram dentro da margem de erro. Por outro lado, que os seus avisos feitos às populações seguiram as regras fixadas na relação com os serviços de proteção civil.

    Estas posições estão assinadas pelo presidente do IPMA, Jorge Miguel Miranda, e surgem na sequência de um pedido de esclarecimento urgente do primeiro-ministro, feito na terça-feira, às previsões e às condições meteorológicas verificadas no sábado à tarde na zona de pinhal do distrito de Leiria, em particular no concelho de Pedrógão Grande.

    Esta carta do presidente do IPMA foi já publicada no portal do Governo na Internet, tendo sido também enviada aos diferentes grupos parlamentares.

    No que diz respeito às condições que determinaram situações no terreno de excecional gravidade, o IPMA advoga que “foram o resultado da conjugação da dinâmica do próprio incêndio e dos efeitos da instabilidade atmosférica, gerando downburst, ou seja, vento de grande intensidade que se move verticalmente em direção ao solo, que após atingir o solo sopra de forma radial em todas as direções”.

    Este fenómeno é por vezes confundido com um tornado, e tem um grande impacto em caso de incêndio florestal por espalhar fragmentos em direções muito diversas”, salienta o presidente do IPMA na resposta a António Costa.

    De acordo com as informações já recolhidas pelo IPMA, “o desencadeamento e/ou a propagação do incêndio poderá ter sido amplificado pela conjugação dos fatores descritos, e a importância excecionalmente elevada de efeitos locais relacionados com fenómenos de convecção atmosférica associados à humidade muito reduzida, e a dinâmica induzida pelo próprio incêndio”.

    Esta situação tão complexa e excecional está a ser objeto de um estudo aprofundado”, é referido na missiva de Jorge Miguel Miranda, numa alusão a uma comissão entretanto nomeada para apurar em profundidade o que se passou na região de Pedrógão Grande na tarde de sábado.

    Em relação às previsões feitas pelo IPMA para a região de Pedrógão Grande para a tarde sábado, na carta dirigida a António Costa sustenta-se que “os valores previstos com quatro dias de antecedência se vieram a confirmar pelos valores medidos, com desvios reduzidos em termos de temperaturas máxima e mínima, humidade relativa e velocidade média do vento”.

    Segundo os dados do IPMA, no caso da humidade relativa “existe uma variação um pouco mais significativa, se bem que os valores previstos no dia anterior, correspondendo à informação mais relevante, foram ligeiramente inferiores ao observado (14% em vez de 17%). Estas diferenças têm pouco significado físico”.

    “No que diz respeito à velocidade do vento, existe uma variação mais significativa ao longo dos quatro dias anteriores, mas a previsão realizada com 24 horas de antecedência reproduz bem as observações (21 km/h em vez de 18 km/h). Neste sentido, o sistema de previsão meteorológico para as condições de superfície, funcionou de forma correta, dentro de margens de erro expectáveis, definindo o quadro sinóptico de tempo muito quente, com temperaturas máximas muito elevadas, próximas de 40ºC, temperaturas mínimas igualmente elevadas, humidade relativa muito baixa, vento fraco ou moderado nos locais elevados, e condições de instabilidade, com possibilidade de ocorrência de aguaceiros de trovoadas durante a tarde”.

    Na carta de resposta enviada a António Costa, este instituto adianta, igualmente, que do mesmo modo se “confirma que os níveis de avisos emitidos estavam de acordo com as regras fixadas entre o IPMA e a ANPC (Autoridade Nacional de Proteção Civil)”.

    Lusa

  • Ministro do Planeamento reunido com presidente e vereadores da Câmara de Figueiró dos Vinhos

    O ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, esteve reunido esta tarde com o presidente e vereadores da Câmara de Figueiró dos Vinhos. “Plano de Ação para recuperar dos incêndios”, lê-se no tweet.

  • Terminou a missa do bombeiro Gonçalo Correia, na Igreja de São Domingos. Urna já saiu da igreja. Estão centenas de pessoas no cemitério de Castanheira de Pera.

  • Pedrógão Grande: Todas as autópsias já foram concluídas

    A ministra da Justiça revelou esta quarta-feira que o Instituto Nacional de Medicina Legal (INML) já concluiu todas as autópsias aos cadáveres recolhidos durante a tragédia de Pedrógão Grande, embora alguns desses corpos estejam ainda por identificar.

    Em declarações à agência Lusa, após deslocar-se às instalações do Instituto de Medicina Legal em Coimbra para fazer um “balanço da atividade” do INML no seguimento das mortes ocorridas nos incêndios, Francisca Van Dunem congratulou-se com o facto de o INML ter realizado todas as autópsias “num tempo recorde” de 48 horas, mais precisamente entre a madrugada de segunda-feira e às 04h de hoje.

    Segundo a ministra, a conclusão deste trabalho só foi possível graças a uma “enorme coordenação” dos serviços do INML, que juntou pessoas e que “funcionou 24 horas sobre 24 horas”.

    É manifesto que havia aqui pessoas em estado de exaustão completa porque estavam a trabalhar há mais de 24 horas, conseguindo fazer as autópsias de acordo com todas as regras exigidas por esta arte”.

    Francisca Van Dunem referiu que na madrugada de hoje estavam as autópsias “todas concluídas”, mas que ainda há cadáveres depositados no INML em Coimbra porque ainda falta resolver o problema da identificação.

    A identificação está a ser um trabalho em colaboração com a Polícia Judiciária”, adiantou a ministra, esclarecendo que essa “identificação judiciária” resulta quer do reconhecimento dos corpos através de familiares das vítimas, quer de informações recolhidas localmente pela PJ sobre os automóveis em que as pessoas estavam ou outros elementos de natureza médico-legal como altura e idade aproximada das vítimas.

    De acordo com a ministra, outros fatores podem ainda ajudar a PJ a identificar as vítimas autopsiadas. Admitiu que também houve recurso a testes ADN e ao reconhecimento através dos dentes das vítimas.

    Quanto aos cadáveres cuja identificação ainda não está determinada, Francisca Van Dunem explicou que caso as famílias apareçam a reclamar os corpos será possível extrair material genético para, depois, se realizar o processo de comparação nos casos em que haja dúvida.

    Essas amostras dos familiares podem ser recolhidas desde que os familiares se desloquem à delegação do INML mais próximo da sua residência, indicou a ministra.

    Lusa

  • Teatro D. Maria II doa receitas de bilheteira aos bombeiros de Pedrógão Grande

    O Teatro Nacional D. Maria II irá doar as receitas de bilheteira do próximo sábado, dia 24, dos espetáculos “Beaumarchais” e “Um libreto para ficarem em casa seus anormais” à Associação de Bombeiros Voluntários de Pedrógão Grande.

    “Num gesto de solidariedade com as vítimas da tragédia de Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera, as receitas de bilheteira do próximo sábado, dia 24 de junho, dos espetáculos “Beaumarchais” e “Um libreto para ficarem em casa seus anormais”, às 21h e 21h30, respetivamente, revertem na íntegra a favor da Associação de Bombeiros Voluntários de Pedrógão Grande. Para mais informações, por favor contacte-nos através do 800 213 250 (chamada gratuita).”, lê-se numa publicação na página de Facebook do teatro.

  • Área florestal ardida em Portugal

    Esta imagem da NASA, mostra o pico dos incêndios em 2003, o pior ano desde 1980.

  • Dezenas de bombeiros voluntários prestam homenagem

    Dezenas de bombeiros voluntários estão alinhados no caminho entre a Igreja de São Domingos, onde está a decorrer a cerimónia religiosa do bombeiro Gonçalo Correia, e o cemitério onde vai ser sepultado. Estão muitos populares reunidos no local para prestar homenagem ao bombeiro herói, que morreu para salvar a vida de um casal naquela que já ficou conhecida como “a estrada da morte”. O bombeiro esteve internado no hospital de Coimbra com várias queimaduras, mas não conseguiu sobreviver.

  • Estão 3.162 bombeiros a combater incêndios no país todo

    O incêndio que lavra em Góis mobilizava, às 18h00, 1.153 operacionais, apoiados por 403 veículos e 14 meios aéreos, numa altura em que estão 3.100 bombeiros e 29 meios aéreos a combater as chamas em todo o país.

    De acordo com informação disponível no site da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), existiam 38 incêndios em Portugal, sendo que sete estavam em curso, dois em resolução, e 29 em conclusão. Ao todo, estavam no terreno 3.162 bombeiros, 1.055 viaturas e 29 meios aéreos a combater as chamas em todo o país.

    Os dois incêndios que mobilizam mais meios eram os que lavravam em Góis, distrito de Coimbra, e Pedrógão Grande, distrito de Leiria, que estava pela mesma hora em fase de resolução e foi dado como dominado pelas autoridades.

    O incêndio, que deflagrou no sábado à tarde em Pedrógão Grande provocou, pelo menos, 64 mortos e mais de 200 feridos. O fogo começou em Escalos Fundeiros e alastrou depois a Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera, no distrito de Leiria.

    Desde então, as chamas chegaram aos distritos de Castelo Branco, através do concelho da Sertã, e de Coimbra, pela Pampilhosa da Serra. Este incêndio já consumiu cerca de 30.000 hectares de floresta, de acordo com dados do Sistema Europeu de Informação de Incêndios Florestais.

    De acordo com informação da ANPC, em fase de resolução estava também um incêndio que deflagrou no concelho de Sernancelhe, distrito de Viseu, que às 18:00 mobilizava 103 operacionais, 24 viaturas e sete meios aéreos.

    Já em fase de conclusão estava o incêndio de Penela (Coimbra), ativo desde sábado. Neste caso, estavam a combater o fogo 145 bombeiros, apoiados por 49 veículos.

    Lusa

  • Pedrogão Grande: CDS apoiará iniciativa do PSD para comissão independente, BE e PCP questionam necessidade

    O CDS-PP vai apoiar a proposta do PSD para que seja constituída uma comissão técnica independente para apurar as causas da tragédia de Pedrogão Grande, enquanto BE e PCP questionam, para já, a necessidade desta iniciativa.

    Esta quarta-feira, o líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro, escreveu aos presidentes de todas as bancadas desafiando-os para, em conferência de líderes, alcançarem um consenso urgente sobre o “modo de constituição e funcionamento” da Comissão Técnica Independente proposta pelos sociais-democratas na terça-feira.

    Realçando que ainda não teve oportunidade de responder à carta enviada por Luís Montenegro, o líder parlamentar democrata-cristão, Nuno Magalhães, afirmou à Lusa que o CDS-PP “apoiará qualquer iniciativa com vista à descoberta do que realmente se passou nesta tragédia que chocou o país“.

    Menos entusiasta, o Bloco de Esquerda disse não excluir a possibilidade de constituição desta comissão, mas considerou que “é cedo para decidir da sua necessidade”.

    Nós compreendemos as dificuldades do PSD em perceber o que se está a passar, o PSD ainda não apresentou nenhuma proposta sobre as florestas”, criticou o deputado bloquista Carlos Matias, em declarações aos jornalistas no parlamento.

    Para o BE, “este é o momento do combate, de partilhar a dor com quem está a sofrer”, considerando que a “a análise política e o inquérito das circunstâncias” podem ficar para mais tarde.

    Vamos reunir o máximo de informação e, no final, se verá se é necessário ou não recorrer a outra solução, para já esse é um assunto em aberto”, afirmou o deputado do BE, partido que, na terça-feira, à Renascença, não excluiu a hipótese de criação de uma comissão de inquérito sobre o assunto.

    Pelo PCP, o deputado João Ramos defendeu que a prioridade, no setor das florestas, “é concretizar”, considerando que “mais comissões, mais grupos de trabalho não é o prioritário“.

    Questionado se não considera serem necessárias respostas no caso dos incêndios que deflagraram no passado fim de semana na zona Centro do país, o deputado comunista respondeu afirmativamente.

    Eu não disse que não era preciso investigar, o que disse é que era preciso concretizar, o que for necessário apurar que se apure”, afirmou, remetendo um sentido de voto sobre a iniciativa do PSD em função de “uma proposta em concreto”.

    Lusa

  • Deputados votam aprovação acelerada da reforma florestal

    Os deputados da Comissão Parlamentar de Agricultura acabaram de aprovar a constituição de um grupo de trabalho que até 11 de julho vai ter de ouvir as entidades implicadas numa reforma florestal e reunir as propostas de alteração ao que foi aprovado pelo Governo em março. Nos oito dias seguintes, a comissão de agricultura terá de debater e votar todas as iniciativas legislativas de forma a que possam ser aprovadas, na sua versão final, no dia 19 de julho, tal como noticiou o Observador esta manhã.

    Os diplomas relativos à reforma florestal que estão dependentes do Parlamento ficam, assim, prontos antes das férias parlamentares. Nos próximos 15 dias, o processo vai de correr num grupo de trabalho, coordenado pelo PSD, constituído por 9 deputados: 2 do PS e 2 do PSD e um de cada um dos outros grupos parlamentares.

    A aceleração do processo, que nos dois últimos meses esteve parado na comissão parlamentar, não foi unânime, apesar de, no final, nenhum dos grupos parlamentares querer ficar com o ónus de travar o processo, sobretudo num período de grande pressão política (do Presidente da República) e mediática, tendo em conta o incêndio de Pedrógão Grande.

  • Urna do bombeiro herói está a chegar à Igreja

    A urna de Gonçalo Correia está a chegar à Igreja de São Domingos. A acompanhar estão vários elemntos dos bombeiros. A cerimónia religiosa deve demorar cerca de 45 minutos e será realizada pelo padre José Carvalho. Na porta da Igreja, estão reunidas centenas de populares. Um “mar de gente”, diz a jornalista da SIC.

  • Próximas semanas são "decisivas" para conhecer necessidades, diz Vieira da Silva

    O ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social considerou esta quarta-feira que as duas próximas semanas vão ser “decisivas” para conhecer as necessidades e dar resposta às pessoas afetadas pelo incêndio que deflagrou em Pedrógão Grande.

    Há muito trabalho pela frente e eu creio que as próximas duas semanas são decisivas para conhecer toda a extensão das necessidades e para desenhar todas as respostas que muito rapidamente nós queremos que estejam no terreno”, disse Vieira da Silva.

    O ministro, que falava aos jornalistas no Centro de Ciências do Café em Campo Maior, no distrito de Portalegre, à margem do “Fórum de Empregabilidade Jovem no distrito de Portalegre”, inserido no programa “PRO-MOVE-TE”, recordou que o Governo já está a intervir no terreno em diversas áreas.

    “Há coisas que já estão a ser preparadas ou a ser feitas: recuperação das linhas elétricas, das linhas de comunicação. Há várias áreas de intervenção que estão já a ser desenvolvidas, em condições extremamente difíceis, às vezes perdendo o que se vai fazendo, porque infelizmente o fogo dura mais do que todos nós desejávamos”, relatou.

    O ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social espera contar com o apoio das autarquias neste processo, considerando que são estas entidades que estão “em melhores condições” para identificar os problemas.

    Ainda não foi feita a avaliação da dimensão daquilo que temos pela frente. Ainda será feita nos próximos 15 dias, mas uma das regras essenciais será que todo este esforço será feito em estreita colaboração com as autarquias locais, que são aqueles que estão em melhores condições para identificar, com o apoio dos serviços públicos centrais, as zonas onde é necessário intervir mais rapidamente”, disse.

    Lusa

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