O rei da Arábia Saudita, Salman bin Abdulaziz, ordenou esta quarta-feira por decreto a nomeação do filho Mohammed bin Salman, de 31 anos, como novo príncipe herdeiro, em substituição de Mohamed bin Nayef.

Bin Nayef foi demitido do cargo de ministro da Administração Interna, posto para o qual foi designado o emir Abdelaziz bin Saud bin Nayef, até à data governador da região Este do país e irmão mais velho de Mohamed.

Segundo o decreto real publicado pela agência oficial Spa, o jovem Mohammed bin Salman é nomeado igualmente vice-primeiro-ministro, mantendo as funções de ministro da Defesa.

A televisão estatal saudita informou que 31 de 34 membros da realeza apoiaram a decisão do rei Salman de designar como príncipe herdeiro o filho Mohammed bin Salman, que até à data estava na segunda linha da sucessão.

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Kristian Coates Ulrichsen, investigador sediado em Seattle do James A. Baker III Institute for Public Policy of Rice University, considera que a nomeação de Mohammed bin Salman poderá estabelecer a política saudita por algumas décadas, atendendo à idade do príncipe herdeiro.

Ulrichsen disse à Associated Press que a designação de Mohammed bin Salman também acaba com o desafio de ter um grupo cada vez mais idoso da realeza a governar o reino.

No entanto, o analista diz que a velocidade com que o novo príncipe herdeiro tem apresentado as suas políticas assertivas, incluindo a guerra no Iémen e um esforço para privatizar parte da empresa petrolífera estatal do reino, tem desconcertado alguns dentro da família real.