As autoridades eleitorais timorenses vão instalar 1.121 estações de voto em 859 centros de votação para as legislativas de 22 de julho, dos quais pelo menos sete funcionarão no estrangeiro, na Austrália, Coreia do Sul, Portugal e Reino Unido.

Dados facultados à Lusa pelo Secretariado Técnico de Assistência Eleitoral (STAE) mostram que, face à eleição presidencial de 20 de março, o Governo instalará para as legislativas mais 155 centros de votação e mais 177 estações de voto.

Depois da estreia do voto de timorenses no estrangeiro nas presidenciais (em Lisboa e nas cidades australianas de Darwin e Sydney), o Governo decidiu ampliar os locais de votação no exterior, procurando responder a apelos nesse sentido feitos pelas comunidades emigrantes. Assim, a 22 de julho haverá locais de votação em três cidades australianas (Sydney, Darwin e Melbourne), na capital sul-coreana, Seul, em Londres e em Lisboa.

Dados facultados à Lusa pelo STAE confirmam que estão recenseados para votar um total de 764.858 eleitores, tendo 24.688 completado o seu recenseamento no último período permitido, entre 08 de abril e 20 de junho. Esse total inclui 1.101 recenseados na Austrália, 589 em Portugal, 208 no Reino Unido e 227 na Coreia do Sul.

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Em Timor-Leste, o maior número de locais de votação estará na capital, Díli – 83 centros de votação e 187 estações de voto – respondendo ao facto de ser aqui que há o maior número de eleitores (163.129). Segue-se Baucau, onde estão 87.057 eleitores, Ermera (77.190) e Bobonaro (64.008). Os locais com menos eleitores são Aileu (30.344) e Manatuto (30.344).

Os 20 partidos e uma coligação candidatos às eleições de 22 de julho estão em campanha desde terça-feira e até ao dia 19 de julho, havendo depois dois dias de reflexão para que os timorenses se possam deslocar para votar onde se recensearam. Cerca de metade dos eleitores tem de se deslocar para outro ponto do país no dia da votação, segundo estimativas das autoridades eleitorais.

O voto decorre a 22 de julho e os resultados finais – confirmando quem são os 65 deputados do Parlamento Nacional – devem ser certificados pelo Tribunal de Recurso até 6 de agosto.