Os oficiais americanos e iraquianos acusam o Estado Islâmico de ter feito explodir a Mesquita de Mossul. O primeiro-ministro do Iraque já reagiu e fala num sinal oficial de derrota das forças terroristas.

As culpas sucedem-se: de um lado, o Estado Islâmico culpa os aviões americanos, do outro lado, as forças aliadas atribuem a culpa às forças islâmicas. Para os oficiais americanos, a alegação do Estado Islâmico é “1000% falsa”, dizem à CNN. Já o exército iraquiano relata que os terroristas explodiram com a mesquita “quando as forças iraquianas se aproximavam” para a tomar de assalto.

A situação em Mossul não tem sido pacífica. As forças do Estado Islâmico têm sido “empurradas” e cercadas para territórios mais pequenos, como alguns bairros e a Velha Cidade de Mossul. Mas a situação é mais preocupante, não fosse a organização terrorista manter civis como reféns, tal como a ONU denunciou. Também alguns moradores têm relatado massacres a pessoas que têm tentado fugir do centro de ataque.

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Este cerco às forças terroristas não deixa de ser um bom presságio para o comandante de forças de antiterrorismo do Iraque, Abdul Ghani al-Assadi. Para o Comandante, também citado pela CNN, a operação não passa para por os “expulsar da Velha Cidade”.

Vamos matá-los a todos nos próximos dias”, acredita o Comandante.

Para um oficial, citado pela BBC, o cerco do Estado Islâmico “foi quebrado” e isso “permitiu que os civis saíssem”. Para este oficial, é evidente a “perda de controlo do Estado Islâmico”. Os militares anunciaram, no domingo, o início daquilo a que chamaram de “capítulo final” da ofensiva militar. Nesta fase de operação, as forças antiterroristas do Iraque, do exército e da policia federal atacaram a Velha Cidade por todas as direções.

Os últimos números apontam para a permanência ainda de 100 mil civis no território de combate. Milhares de forças militares iraquianas, acompanhadas por aviões de combate americanos, estão no terreno de combate na missão de recuperação daquela cidade, que já dura desde outubro do ano passado. Nessa altura, o número de terroristas chegava quase aos 6000. Os militares acreditam que nesta fase o número de terroristas em Mossul não passa dos 300.

A destruição da famosa mesquita de Mossul levou a uma condenação geral por ter sido destruído um dos maiores marcos da Velha Cidade. A explosão destruiu o famoso minarete inclinado da mesquita, conhecida como a Grande Mesquita de Mossul.

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Para o primeiro-ministro iraquiano, Haider al Abadi, a destruição da mesquita de Mossul pelo grupo extremista Estado Islâmico é “uma declaração oficial de derrota” por parte da organização armada. A declaração foi feita esta quinta-feira na rede social Twitter. O primeiro-ministro do Iraque encontra-se esta quinta-feira no Kuwait, onde realiza uma visita oficial.