O mundo tem hoje mais tipos de droga, mais fáceis de obter e mais potentes, aumentando o risco para a saúde, apesar de ter estabilizado em 250 milhões o número de consumidores, 5% da população mundial, segundo a ONU.

As conclusões estão contidas no Relatório Mundial sobre Drogas 2017, divulgado esta quinta-feira pelas Nações Unidas, em Viena, que estima em 29,5 milhões o número de consumidores com transtornos graves devido ao consumo das diferentes substâncias, refletindo, paralelamente, o “florescimento” do mercado das drogas em todo o mundo.

Segundo o relatório, elaborado pelo Gabinete das Nações Unidas contra a Droga e Crime (UNODC), apenas uma em cada seis pessoas que pede apoio para combater os transtornos recebe tratamento, questão que foi criticada por Angela Me, coordenadora do documento, ao apresentá-lo hoje em Viena.

“Aumentou o risco para a saúde devido à diversificação e à potência de novas substâncias”, sublinhou Angela Me, dando como exemplo o fentanilo, um novo analgésico 50 vezes mais potente que a heroína e que já provocou numerosos casos, ainda por quantificar, de “overdoses mortais” nos últimos anos nos Estados Unidos.

“O mercado das drogas e o número de substâncias continuam a crescer”, alertou a especialista do UNODC, realçando que a situação altera-se a tanta velocidade que se torna um desafio permanente dar-lhe resposta legal ao mesmo ritmo.

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