Choi Soon-Sil, a mulher que está no centro dos casos de corrupção na Coreia do Sul, foi condenada esta sexta-feira a três anos de prisão por suborno. É a primeira condenação de uma série de acusações que a envolvem.

Choi, conhecida por ser amiga de longa data da ex-presidente da Coreia do Sul, foi considerada culpada de ter subornado professores para que a sua filha fosse admitida na Ewa Woman’s University e para que recebesse boas notas, apesar da fraca assiduidade.

“O Tribunal condena a acusada a três anos de prisão”, disse o Tribunal Central do Distrito de Seul, em comunicado.

Também outras pessoas foram acusadas, das quais o antigo reitor da Universidade, e um diretor do mesmo instituto, que receberam dois anos de prisão. O tribunal sentenciou ainda um funcionário da universidade a 18 meses de prisão. Três professores foram condenados a pena suspensa, e outros dois professores foram multados.

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A Ewa Woman’s University, de Seul, é uma das mais prestigiadas universidades no país e é o maior instituto de educação feminino do mundo.

Choi está ainda envolvida num caso conjunto com a ex-Presidente Park Geun-Hye, depois das acusações de estas terem obrigado grandes empresas de “doar” milhões a fundações que Choi controlava. Park terá ainda desviado documentos confidenciais que permitiram a Choi interferir em assuntos de Estado.

Na altura, Choi exerceu grande influência sobre a Presidente e foi uma figura essencial no escândalo do tráfico de influência que provocou grandes protestos de rua que levaram à expulsão de Park por impeachment.

Choi Soon-Sil pode enfrentar uma pena de dezenas de anos na prisão se for condenada por extorsão e abuso de poder.