A taxa de poupança das famílias voltou a cair, para os 3,8% do rendimento disponível até março, o valor mais baixo pelo menos desde o quarto trimestre de 1999, o primeiro para o qual há dados, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Nas contas nacionais trimestrais por setor institucional publicadas esta sexta-feira, o INE refere que, no ano terminado nos primeiros três meses deste ano, a taxa de poupança das famílias “situou-se em 3,8% do rendimento disponível, menos 0,5 pontos percentuais do que no trimestre anterior”, estando a cair há três trimestres consecutivos.

Esta redução “resultou da variação mais intensa na despesa de consumo final do que no rendimento disponível”.

O crescimento do rendimento disponível das famílias deveu-se principalmente ao aumento de 0,9% das remunerações recebidas, “que mais do que compensou as reduções dos rendimentos líquidos de propriedade e do saldo das prestações sociais líquidas de contribuições”.

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Assim, considerando os valores para o ano acabado no primeiro trimestre de 2017, a capacidade de financiamento das famílias caiu para 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB), depois de se ter situado nos 0,8% do PIB nos 12 meses concluídos no trimestre anterior, uma situação que reflete “sobretudo a redução da taxa de poupança”, indica o INE.

A economia portuguesa registou uma capacidade de financiamento de 1,5% do PIB até março, mais 0,1 pontos percentuais do que no trimestre anterior.

Por setor institucional, a capacidade de financiamento das empresas fixou-se em 0,6% do PIB, 0,2 pontos percentuais acima da registada no trimestre anterior, e a das sociedades financeiras estabilizou nos 2,2% do PIB.