Juan Antonio Pizzi nasceu na Argentina, foi internacional pela Espanha e treina agora a seleção do Chile. Já leva mais de dez anos no banco, mas continua a ser pela carreira como jogador que é mais reconhecido. Sobretudo nas duas épocas em que esteve no Barcelona, tapado na titularidade por Ronaldo Fenómeno mas respeitado no Camp Nou pela forma raçuda e abnegada com que costumava entrar em campo vindo quase sempre do banco.

Treinado por Bobby Robson, foi companheiro de Vítor Baía, Fernando Couto e Luís Figo nos blaugrana, numa constelação de estrelas que tinha ainda Stoichkov, Guardiola, Popescu, Bakero ou Luis Enrique, entre outros (Sonny Anderson substituiu Ronaldo Fenómeno em 1997, voltando a tapar o argentino com nacionalidade espanhola). Podia ter ficado em Espanha, onde se destacara antes no Tenerife, mas preferiu voltar à Argentina, alinhando no River Plate e no Rosário Central dois anos. Em 2000, voltou à Europa. E assinou pelo FC Porto.

Os dragões tinham perdido o Campeonato para o Sporting após a conquista de cinco títulos consecutivos com o último a ser ganho por Fernando Santos, o engenheiro do penta. Mas, mais do que isso, perderam aquela que foi a grande referência dos anos anteriores, Mário Jardel, vendido aos turcos do Galatasaray. Para compensar, Pinto da Costa apostou na experiência de Pizzi e numa surpresa chamada Silvio Maric, mas foi Pena, brasileiro contratado ao Palmeiras que dizimou todos os recordes de golos no arranque, que ganhou a titularidade.

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Até dezembro, Pizzi fez 16 jogos e apontou quatro golos. Nos onze que realizou no Campeonato, foi sempre suplente utilizado e marcou três golos, sempre nos últimos minutos (incluindo um bis com o Campomaiorense). Depois, fez ainda quatro encontros na Europa, entre playoff da Champions e Taça UEFA, e um na Taça de Portugal (onde conseguiu também marcar). Sem grandes hipóteses, voltou a meio da temporada à Argentina. Já Fernando Santos, que voltou a ficar na segunda posição de um Campeonato ganho pela primeira vez pelo Boavista, sairia também no final dessa época.

Na próxima quarta-feira, em Kazan, Fernando Santos e Juan Antonio Pizzi voltam a reencontrar-se, numa partida a contar para a meia-final da Taça das Confederações. A Austrália ainda conseguiu assustar o Chile com um golo de Troici que dava vantagem ao intervalo, mas um golo de Martín Rodríguez deu o empate final.

Em termos históricos, Portugal entra em vantagem, com duas vitórias e um empate nas única três partidas realizadas: 4-2 em 1928, nos Jogos Olímpicos de Amesterdão (que não era disputado pelos Sub-21 na altura), com golos de Vítor Silva, Pepe (2) e Valdemar Mota; 4-1 em 1972, na Taça da Independência, com golos de Dinis (2), Humberto Coelho e Eusébio; e 1-1 em 2011, num particular, com golo de Silvestre Varela.