A presidente do CDS-PP exigiu esta terça-feira ao Governo que assuma “responsabilidades políticas” na tragédia de Pedrógão Grande, sublinhando que a “responsabilidade máxima” é do primeiro-ministro, que “tem de saber como organiza a sua equipa”.

Entendo que o Governo tem de assumir as suas responsabilidades políticas e, nessa matéria, obviamente que a responsabilidade máxima é do senhor primeiro-ministro e é ele que tem de saber como organiza a sua equipa“, afirmou Assunção Cristas aos jornalistas, quando questionada se a ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, se devia demitir.

Assunção Cristas não quis pronunciar-se sobre o conteúdo da reunião que manteve esta terça-feira com o primeiro-ministro, António Costa, que chamou os partidos à residência oficial para, de acordo com o PCP, discutir a reforma florestal.

A líder do CDS lembrou que há um projeto de lei dos centristas com o PSD sobre cadastro florestal e que o partido tem vindo a apresentar propostas, considerando que, independentemente de uma “postura construtiva” que assuma, não se podem “dispersar atenções e deixar por esclarecer aquilo que aconteceu neste episódio em concreto e ao qual o Governo tem de dar respostas”.

À saída de um almoço do International Club, num hotel de Lisboa, Assunção Cristas reiterou que o primeiro-ministro tem de responder ao requerimento do CDS-PP, que pede, entre dezenas de outros esclarecimentos, a chamada ‘fita do tempo’, que permite reconstruir os acontecimentos do incêndio em que morreram 64 pessoas, e que é hoje noticiada por vários órgãos de comunicação social.

Há notícias sobre essa matéria, mas a verdade é que a fita do tempo não chegou ainda ao parlamento, como não chegaram a resposta às várias perguntas que nós colocámos”, declarou.

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