Considerada, há alguns meses, e pelo segundo ano consecutivo, a melhor fábrica de caixas de velocidades de todo o universo do conglomerado franco-nipónico, a fábrica de Cacia, inaugurada em Setembro de 1981, acaba de atingir mais um marco histórico: a produção de nada menos do que 10 milhões de caixas de velocidades. A unidade número 10 milhões foi uma transmissão do tipo JR, destinada a equipar um Renault Captur, e por isso exportada para a unidade fabril de Valladolid da marca do losango.

O feito foi assinalado pela visita a Cacia do vice-presidente e chief competitive officer do grupo francês, Thierry Bollore, e pelo director de Fabrico e Logística, José Vicente Mozos. E que, já está garantido, terá consequências: nos próximos anos, como já havia sido anunciado, esta fábrica receberá um investimento superior a 100 milhões de euros, de forma a dotá-la das competências necessárias para produzir uma nova geração de caixas de velocidades, e que garante não só a sua actividade para os próximos anos, como a criação de 150 novos postos de trabalho.

A operar há 36 anos, a fábrica da Renault de Cacia dedica-se, hoje, ao fabrico de caixas de velocidades para a Aliança Renault-Nissan. Mas, ao longo dos seus 36 anos de actividade, já produziu os mais diversos componentes mecânicos, tendo-se até dedicado, até 1996, também à produção de motores – tendo daqui saído qualquer coisa como 3,5 milhões de unidades motrizes, inclusive todas as que equiparam o inesquecível Twingo da primeira geração.

Situada num complexo industrial de 340 mil m² de área total, dos quais 70 mil m² cobertos, a Renault Cacia é a segunda maior unidade industrial de fabricantes automóveis em Portugal, em número de colaboradores, empregando cerca de 1.200 pessoas. O seu volume de negócios em 2016 foi de 313 milhões de euros, com 60% deste montante a ser assegurado produção de caixas de velocidades, e o restante por componentes diversos para motores a gasolina, como bombas de óleo (é o maior fornecedor do Grupo Renault neste particular) e veios de equilíbrio, entre outros.

Toda a produção foi exportada para 18 países, distribuídos por quatro continentes: África do Sul, Argélia, Argentina, Brasil, Eslovénia, Espanha, França, Grã-Bretanha, Índia, Irão, Japão, Malásia, Marrocos, México, Roménia, Rússia, Tailândia e Turquia.

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