O realizador português Pedro Costa foi convidado para integrar a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood, anunciou a academia esta quarta-feira. Este organismo é o responsável por atribuir todos os anos.

Da lista de nomes, disponibilizada no site da Academia, fazem parte outros 744 novos membros, oriundos de 57 países, com o objetivo de renovar e diversificar o painel. O realizador português junta-se ao extenso rol de nomes da organização. Também vários nomes brasileiros integram estes nomes, como os cineastas Nelson Pereira dos Santos, Kléber Mendonça Filho e Carlos Diegues, a realizadora Heloísa Passos e o diretor de fotografia Walter Carvalho. Este ano, o número voltou a bater o recorde consecutivo de convidados, o que tem como objetivo renovar a sua composição. Em 2016, o organismo já tinha convidado 683 pessoas para renovar a sua composição.

A comunidade cinematográfica é o que fazemos dela. Cabe-nos a todos assegurar que novas caras e novas vozes sejam vistas e ouvidas e apostar numa nova geração da mesma forma que alguém apostou em nós”, afirma a presidente da academia, Cheryl Boone Isaacs.

Do núcleo de membros, 39% são mulheres e 30% são “não-brancos”. Até ao ano passado, a academia era formada sobretudo por homens brancos (92% eram membros brancos e 75% eram homens).

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São três os principais critérios para se ser admitido na Academia: ter no mínimo dois filmes realizados e pelo menos um deles lançado na última década; ter créditos enquanto realizador de um filme nomeado para o Óscar de Melhor Realizador, Melhor Filme ou Melhor filme Estrangeiro; ou ter-se distinguido enquanto realizador de cinema, na avaliação da Comissão Executiva do Ramo de Realização. O autor de Cavalo Dinheiro e de Juventude em Marcha pode agora aceitar ou não este convite.

Os membros elevados do organismo – o Board of Governors – analisam os nomes propostos e decidem ou não avançar com o convite.

Há outros nomes importantes na lista de convidados (sejam autores, realizadores, argumentistas ou ligados à área de produção). Contam-se os atores Channing Tatum e Dwayne “The Rock Johnson”, as atrizes Kristen Stewart e Janelle Monáe, o realizador Jordan Peele, ou até o músico Justin Timberlake.

A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos, que decide sobre os nomeados para os prémios de cinema Óscares, é uma organização internacional fundada em 1927 e conta atualmente com cerca de 7.000 membros de vários países.

No ano passado, Cheryl Boone Isaacs admitiu que a academia precisava de uma mudança, na sequência de críticas apontadas à ausência de qualquer artista negro entre os nomeados dos Óscares 2016.