O Departamento de Ciências e Política Tecnológica (OSTP, em inglês) da Casa Branca está desde sexta-feira sem funcionários, depois de os últimos três funcionários terem deixado esse departamento.

Os três empregados pertenciam à administração Obama, precisou a CBS News. As razões para as baixas neste departamento, uma das quatro subdivisões da OSTP, podem estar ligadas às ideias antagónicas que Trump e Obama têm relativamente ao trabalho científico.

Na tarde de sexta-feira, Eleanor Celeste, diretora-assistente de ciências biomédicas e forenses confirmou no seu Twitter que “o departamento de ciências está ‘desligado’“.

Também Kumar Garg, um ex-funcionário da OSTP, da administração Obama, partilhou que, a partir de sexta-feira, “o número de funcionários do departamento de ciência da OSTP era igual a 0 (zero).”

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Na administração Obama, a área de ciência tinha nove empregados que conduziam questões políticas como a educação, biotecnologia e resposta a crises. Espera-se que a Casa Branca trate essas questões por outros departamentos dentro da OSTP.

O que é o Departamento de Ciências e Política Tecnológica?

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O Departamento de Ciências e Política Tecnológica é um departamento interno da Casa Branca que desenvolve trabalhos científicos, de engenharia e tecnológicos, mas também relativos à segurança nacional, segurança interna, saúde, relações externas, meio ambiente e recuperação tecnológica e uso de recursos.

À CBS News, um funcionário da Casa Branca garante que o trabalho que estava a ser desenvolvido, continua a ser feito e que atualmente na OSTP trabalham 35 funcionários. “A OSTP cresceu exponencialmente durante a administração anterior. Antes da administração Obama, tínhamos geralmente entre 50 e 60 especialistas para toda a divisão”, disse. A administração Obama ocupou esse departamento com mais de 100 funcionários.

Para Garg, o próprio tamanho do escritório na era Obama refletia a importância que o ex-Presidente dava à ciência e à crença que tinha na ligação ciência-tecnologia e que isso se verificou em vários desenvolvimentos conseguidos, um compromisso que a administração de Trump não tem acompanhado. A saída do Acordo de Paris em junho passado pode ser um desses sinais claros.

Os Estados Unidos da América vão sair do Acordo de Paris. E agora?