Foram descobertos crânios humanos na Cidade do México que levantaram questões sobre a cultura de sacrifício do Império Asteca. Pensa-se que sejam de crianças e mulheres estão embutidos numa estrutura, o que surpreendeu os arqueólogos ligados a esta descoberta.

Os crânios estavam cobertos de cal e havia milhares de fragmentos no edifício perto do Templo Mayor, um dos principais templos da capital asteca Tenochtitlan, que é agora conhecida como Cidade do México.

A investigação, que durou cerca de um ano e meio, veio revelar que estes crânios poderão pertencer à Huey Tzompantli, uma estrutura de caveiras que aterrorizou os conquistadores espanhóis enquanto estes capturavam a cidade sob o comando de Hernan Cortés.

No Império Asteca, segundo o relato de historiadores, os guerreiros que eram capturados eram decapitados e usados como adorno para este tipo de estruturas, encontradas em várias culturas meso americanas, antes da conquista espanhola. Porém, esta descoberta veio revelar que este panorama ainda não está totalmente completo.

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“Esperávamos encontrar apenas homens, obviamente homens jovens, como os guerreiros seriam e não nos passava pela cabeça que as mulheres e as crianças fossem para a guerra”, disse Rodrigo Bolanos, um antropólogo que trabalha nesta investigação, citado pelo Independent.

Rual Barrerra, um dos arqueólogos, disse que os crânios tinham sido dispostos na torre depois de terem sido exibidos publicamente no tzompantli. A torre tinham aproximadamente com seis metros de diâmetro, a torre estava no canto da capela de Huitzilopochtli, deus asteca do sol, guerra e sacrifícios humanos.

Os astecas e outros povos meso-americanos tinham rituais de sacrifícios humanos, como ofertas ao sol.

Andres de Tapia, um soldado espanhol que combateu com Cortes em 1521 na conquista do México, escreveu sobre esta estrutura, segundo o que o arqueólogo Raul Barrera disse à Reuters. Tapia referiu que havia milhares de crânicos e os investigadores acreditam que descobrirão mais à medida que as escavações continuarem.