Eleição que visa distinguir os melhores motores do ano a nível internacional, através de uma votação feita no seio de um painel de jurados composto por jornalistas da especialidade oriundos de várias partes do globo, os “International Engine of the World Awards” premiaram, este ano, o sistema de propulsão híbrida do Honda NSX, que venceu na categoria de “Best New Engine” (“Melhor Novo Motor”). A questão é: será que o leitor faz ideia das razões que motivaram esta escolha? Ora, vamos lá (tentar) explicar.

Sabia que o desenvolvimento deste sistema propulsor híbrido, que tem na base a soma de um V6 a gasolina com dois motores eléctricos, foi um dos principais responsáveis pelo atraso registado no lançamento, no mercado, da própria nova geração NSX? Isto porque os engenheiros da Honda assumiram o desafio de construir a mais avançada unidade de potência de alto rendimento do mercado, mas queriam que fosse, ao mesmo tempo, amplamente desfrutável e aproveitável. Só que compatibilizar todos esses requisitos numa solução única veio a revelar-se, com o avançar do processo de desenvolvimento, um objectivo difícil de alcançar…

Mas este motor é melhor em quê? Em aspectos como o rendimento, a sonoridade, o aproveitamento da faixa de utilização, a economia de combustível e a suavidade no funcionamento. Chama-se Sport Hybrid Super Handling-All-Wheel-Drive e traduz-se num bloco de seis cilindros em “V”, com 3,5 litros de cilindrada e sobrealimentado por dois turbocompressores, a que se juntam mais dois motores eléctricos, além de uma transmissão de dupla embraiagem e nove velocidades, ou 9DCT.

Anunciando uma potência total de 580 cv e 646 Nm de binário, o sistema funciona com o motor de combustão a enviar grande parte da potência e binário – mais precisamente 507 cv e 550 Nm – para rodas as traseiras, ao passo que os motores eléctricos, instalados no eixo dianteiro e a debitarem 37 cv/73 Nm cada, trabalham, de forma independente, sobre cada uma das rodas da frente. A completar o conjunto, um sistema direct-drive que, actuando sobre as rodas traseiras, com o propósito de eliminar o chamado turbo lag, garante mais 47,5 cv.

Assim, graças à solução encontrada pelos engenheiros da Honda, o NSX tornou-se também, em resultado deste conjunto motriz, no primeiro superdesportivo no mundo a utilizar motores eléctricos com vista ao apurar e potenciar de todos os aspectos relacionados com o desempenho dinâmico. Mais concretamente, a aceleração, a travagem e até o cumprir de cada curva!

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