O general Rovisco Duarte mantém a “máxima confiança” nos cinco comandantes que suspendeu temporariamente no sábado, avança a edição desta quarta-feira do Diário de Notícias. A posição do chefe do Estado-Maior do Exército foi dada a conhecer durante a reunião da estrutura do superior do Exército, na segunda-feira.

No documento a que o Diário de Notícias teve acesso, lê-se que para o general, as exonerações “foram decisões difíceis”, mas que a medida “não deve ser interpretada como uma atribuição de culpabilidade dos referidos oficiais, relativamente aos quais sublinhou a sua máxima confiança, mas antes criar melhores condições para o desenvolvimento dos processos de averiguações”.

Um oficial próximo do CEME afirmou ao DN que o general “não está incomodado” com as insinuações sobre a pressão política a que pode ter sido sujeito. Contudo, o ambiente no Exército continua agitado, segundo a mesma publicação. Faria Menezes, o comandante operacional do Exército e responsável direto por quatro dos oficiais exonerados, escreveu publicamente que “a quebra do vínculo sagrado da confiança entre comandante e subordinado viola os princípio e valores que partilho. Tenho total confiança nos meus comandantes, que constituem um exemplo de abnegação e disciplina”.

Marcelo Rebelo de Sousa convocou na terça-feira o ministro da Defesa e os dois chefes militares do Exército — o general Pina Monteiro e o general Rovisco Duarte — para uma reunião nos paióis de Tancos.

Na quarta-feira, um grupo de assaltantes roubou largas quantidades de material de guerra de instalações militares, nos Paióis Nacionais de Tancos. Os perímetros de segurança dos Paióis Nacionais de Tancos foram violados e foram arrombados dois paiolins. Está em curso uma investigação pela Polícia Judiciária Militar e está também decorrer um inquérito no Exército para apuramento de responsabilidades.

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