Mais conhecido, na Europa, pela compra da única marca automóvel sueca ainda em comercialização, a Volvo, o fabricante automóvel chinês Geely acaba de adicionar ao lote de marcas que já detém mais uma: a Terrafugia, startup norte-americana que tem sido uma das precursoras do automóvel voador e que, inclusivamente, conta já com um modelo em comercialização. Situação que nos suscita a pergunta: “Será este o primeiro passo para que, dentro de alguns anos, os automóveis da Volvo também voem?”

Fundada por um grupo de ex-alunos do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, a Terrafugia caiu nas bocas do mundo quando deu a conhecer um protótipo de carro voador – ou avião para andar na estrada – denominado Transition, que hoje em dia já comercializa.

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Neste momento, está a desenvolver uma segunda proposta, de nome TF-X, que promete ser um novo passo rumo a um futuro em que os carros também andarão pelos ares. De resto e ao contrário do Transition, que se assemelha a um avião com quatro rodas, o TF-X assume formas já mais parecidas com um automóvel, ainda que mantendo algumas soluções genuinamente oriundas da aviação, como é o caso das asas (dobradas), mas agora com hélices verticais. Aliás, fruto desta opção, o modelo consegue levantar voo e aterrar na vertical, ao contrário do antecessor, dispensando qualquer tipo de pista para se fazer aos céus. E, uma vez no ar, só é necessário direccionar as hélices para a frente, para seguir viagem. Já em terra, basta-lhe recolher as asas e, segundo os seus criadores, deixar-se conduzir como um carro.

Segundo avança o norte-americano The Detroit Bureau, a Terrafugia já terá um protótipo deste novo modelo, pelo que, com a entrada em cena da Geely e a já esperada injecção de capital, é expectável que o processo de desenvolvimento beneficie de uma significativa aceleração. Até porque a companhia acaba de conseguir, da Administração Federal Norte-Americana para a Aviação, a certificação do Transition (o TF-X deverá seguir o mesmo caminho) como “Light Sport Aircraft”. Facto que, em teoria, torna mais fácil aos seus proprietários a obtenção da licença de voo.

Assim, e graças também à capacidade financeira aportada pelo grupo chinês, tudo aponta para que a Terrafugia venha a ter uma linha de produção de carros voadores montada nos próximos 10 anos. Fabricando produtos que, quem sabe, poderão contar com algum do design, construção e segurança que são apanágio dos modelos Volvo. Mas será que estes, beneficiando da troca de know-how com a empresa norte-americana, também passarão a voar?

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