Cerca de 20 mil civis continuam bloqueados pelos combates na última zona controlada pelos extremistas do Estado Islâmico na cidade de Mossul, no norte do Iraque, disse esta quinta-feira uma responsável da ONU.

Nós estimamos que nesta altura podem encontrar-se no local 15 mil civis, ou mesmo 20 mil, nas últimas bolsas de resistência localizadas na parte mais antiga da cidade (Mossul)”, disse à France Presse, Lise Grande, coordenadora humanitária das Nações Unidas para o Iraque.

Lise disse ainda que os civis presos estão “em grande perigo” e que “são capturados em bombardeamentos e fogo cruzado”, tal como as “condições terríveis” em que vivem. Cerca de 700.000 civis que fugiram de Mossul ainda estão deslocados, denunciou também a representante.

A recaptura de Mossul, o último grande reduto urbano dos jihadistas no Iraque, constitui a vitória mais importante de tropas iraquianas contra a Estado Islâmico desde o início de sua ofensiva, que reduziu drasticamente os territórios controlados pelo grupo jihadista. A perda de Mossul não marca o fim da guerra contra o Estado Islâmico, que ainda controla áreas no Iraque e na vizinha Síria, onde o grupo também enfrenta uma ofensiva em Raca (norte).

As forças iraquianas foram destacadas esta quinta-feira para caçar os últimos jihadistas da antiga cidade de Mossul, onde até 20.000 civis continuam presos nos combates, mais de oito meses após o início da ofensiva para retomar segunda cidade do Iraque .

Nos últimos dias, as autoridades militares e políticas iraquianas proclamaram que a “vitória” da reconquista de Mossul estará para breve. A recuperação de Mossul iria infligir um grande revés para o grupo jihadista Estado Islâmico (EI).

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