Dois afegãos foram detidos esta semana no Porto por suspeitas de ligação a organizações terroristas, escreve o Jornal de Notícias. Os dois homens, de 20 e 25 anos, tinham-se deslocado a uma esquadra da PSP naquela cidade para pedir asilo político — que já lhes tinha sido negado na Finlândia. A autoridades admitiram a suspeita de terrorismo mas afastaram essa possibilidade mais tarde, avança o DN.

Os agentes perceberam que entre os bens que os afegãos tinham em sua posse havia uma pen com fotografias de armas e explosivos semelhantes àquelas que geralmente são associadas aos combatentes do Estado Islâmico.

Aos inspetores do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, os dois homens disseram ser naturais do Afeganistão e ter viajado da Finlândia para Portugal em busca de asilo. Explicaram que os cerca de 2000 euros que traziam consigo tinham sido emprestados por amigos e que as imagens — que levantaram as suspeitas das autoridades e que motivaram um alerta à Polícia Judiciária e aos Serviços de Informações e Segurança — se referiam ao período em que estiveram envolvidos em combates, na Síria (não fica claro por que lado alinharam). Tinham ainda dois telemóveis mas não traziam consigo qualquer documento de identificação.

Alegadamente perseguidos, fugiram para a Europa para verem ser-lhes rejeitado o pedido de asilo na Finlândia. Estiveram dois anos a viajar por vários países até chegarem ao Porto, vindos e comboio. Ouvidos em tribunal, por terem entrado e permanecido de forma ilegal no país, a juíza, ao tomar conhecimento das imagens, ordenou um reforço das medidas de segurança do edifício que fica próximo do Quartel General da Região Militar do norte.

O SEF confirmou as duas detenções. “Face às declarações dos dois indivíduos, aos elementos detetados e à análise feita por este serviço, o SEF contactou a Polícia Judiciária, que fez deslocar ao SEF uma equipa, bem como outras entidades nacionais”, refere na nota de imprensa. No mesmo comunicado, explicou que os dois homens foram inquiridos pelos inspetores com recurso a serviços de intérprete de língua persa e farsi. Os dois homens ficaram, para já, sob custódia do SEF até que as autoridades consigam confirmar a veracidade das informações apresentadas.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR