Miguel Barreto Caldeira Antunes, que entre 2004 e 2008 liderou a Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), é o nono arguido do processo que investiga eventuais favorecimentos da EDP por parte do Estado.

Segundo avança a SIC Notícias, Miguel Barreto foi esta sexta-feira constituído arguido por suspeitas de corrupção, tráfico de influências e participação económica em negócio. A Procuradoria-Geral da República confirmou ao início da noite ao Observador a constituição de arguido de Barreto mas não referiu os crimes pelos quais o ex-diretor-geral de Energia foi indiciado.

O Observador já tinha dado conta, no final de junho, da investigação em curso no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) à concessão, autorizada por Miguel Barreto, de uma licença ilimitada de exploração da central térmica de Sines à EDP, e a um negócio posterior feito pelo ex-diretor-geral da Energia com a elétrica.

Ao que o Observador apurou, Barreto terá recebido cerca de 1,4 milhões de euros da EDP pela venda de uma participação de 40% numa empresa de certificação energética. Por escrito, na altura, o antigo diretor-geral da Energia negou qualquer ilegalidade.

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Os outros oito arguidos do processo são Manuel Pinho, ex-ministro da Economia; António Mexia, presidente-executivo da EDP; Rui Cartaxo, ex-presidente da REN e atual presidente do Conselho de Administração do Novo Banco; Jorge Machado, ex-diretor-geral da EDP; Pedro Resende, ex-administrador da EDP; João Manso Neto, presidente da EDP-Renováveis; João Faria, administrador da REN; e Pedro Furtado, diretor da REN.

DCIAP investiga negócio de 1,4 milhões de ex-diretor-geral da Energia com a EDP