Os municípios de Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera decidiram não cobrar aos seus munícipes a água da rede pública utilizada no combate ao fogo que atingiu aqueles concelhos no dia 17 de junho.

“Vamos fazer uma média dos consumos dos primeiros cinco meses do ano e o valor que estiver a mais no mês de junho será assumido pela autarquia”, explicou à agência Lusa Jorge Abreu, presidente da Câmara de Figueiró dos Vinhos.

O autarca anunciou ainda que os três municípios deliberaram também reduzir as tarifas fixas de água, saneamento e resíduos para os habitantes que utilizaram a água da rede pública de abastecimento para defender as suas habitações e haveres.

Segundo Jorge Abreu, esta é uma medida “mais justa” para fazer face a quem não abandonou as suas casas e as conseguiu salvar.

“É uma forma de as compensar”, sublinhou o presidente do município, estimando-se que esta medida pode representar uma isenção de “cinco ou seis euros” na fatura de cada consumidor referente ao mês de junho.

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Dois grandes incêndios começaram no dia 17 de junho em Pedrógão Grande e Góis, tendo o primeiro provocado 64 mortos e mais de 200 feridos. Foram extintos uma semana depois.

Estes fogos terão afetado aproximadamente 500 imóveis, 205 dos quais casas de primeira habitação.

Os prejuízos diretos dos incêndios ascendem a 193,3 milhões de euros, estimando-se em 303,5 milhões o investimento em medidas de prevenção e relançamento da economia.

Mais de dois mil operacionais estiveram envolvidos no combate às chamas que consumiram 53 mil hectares de floresta.