Vulgarmente apontada como a rainha do segmento SUV de luxo, a Land Rover “descobriu” que tem uma rival, também britânica, disposta a lutar pelo trono: a vizinha Bentley. A qual tem vindo a obter resultados comerciais assinaláveis com o seu SUV de estreia, o Bentayga, levando já o fabricante de Coventry a admitir um novo topo de gama, ainda mais luxuoso que o Range Rover, capaz de fazer frente ao sucesso do Bentayga.

A possibilidade foi admitida pelo próprio director de design da Land Rover, Gerry McGovern, em declarações proferidas numa altura em que se encontrava no congresso da Automotive News Europe:

Por que não? Aliás, o próprio Range Rover apresenta, hoje em dia, uma abrangência em termos de preços que faz com que não seja assim tão difícil crescer um pouco mais, para o território do Bentayga.”

McGovern assume ainda que gostaria de ver crescer o número de modelos Land Rover envergando o emblema que é também sinónimo de luxo, “Range Rover”, e que actualmente abarca apenas quatro propostas: Range Rover, Range Rover Evoque, Range Rover Sport e Range Rover Velar. Sendo que nem mesmo o facto de alguns modelos apresentarem dimensões muito semelhantes parece preocupar o director de design. “O facto de alguns modelos Range Rover terem tamanhos muito parecidos não é, na verdade, algo que mereça grande preocupação. Especialmente, tendo todos eles personalidades diferentes, que os tornam atractivos para públicos distintos”, argumenta.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Por 300.000€ pode ser seu o melhor SUV do mundo

Quanto ao sucesso alcançado pelo rival Bentayga, modelo que só no último ano representou metade das 11.023 unidades que constituíram um recorde nas vendas da Bentley (e isto apesar de só ter chegado ao continente americano na segunda metade de 2016), Gerry McGovern responde, garantindo que um novo e ainda mais rico topo de gama Range Rover contemplaria tudo o que é possível instalar num carro deste género. Beneficiando, ao mesmo temo, daquilo que o mesmo responsável designa de “um pedigree inquestionável”, que a marca transmite em todos os seus produtos. Ao contrário, defende, do que acontece com a Bentley, que “não tem o pedigree ou a autenticidade necessários, neste domínio em particular”.