As projecções de venda de automóveis eléctricos num futuro relativamente próximo não param de aumentar. A Volkswagen já anunciou que, dentro de poucos anos, estima que um quarto da sua produção seja assegurado por modelos deste género. Prevendo-se que outros construtores estejam a trabalhar em objectivos da mesma ordem de grandeza.

Ora, se assim vier a ser, e com a tecnologia actualmente conhecida e disponível, não restam dúvidas de que será necessário aumentar brutalmente a produção de células para baterias de iões de lítio. Segundo as contas do responsável pela Pesquisa e Desenvolvimento da Volkswagen, Ulrich Eichorn, em declarações ao Automotive News Europe, só a marca alemã necessitará de 200 GigaWatt/hora de energia eléctrica. E, se as restantes marcas seguirem o seu exemplo, então, a produção anual necessária será de mais de 1,5 TeraWatt/hora, ou seja, o equivalente a 40 gigafábricas da Tesla, cada uma a produzir anualmente 35 GWh de células de iões de lítio.

Claro que tudo pode mudar com a chegada de baterias de uma nova geração, nomeadamente com maior densidade energética, o que exigiria menos fábricas para produzir a mesma capacidade energética. Algo que Ulrich Eichorn não prevê que possa acontecer se não dentro de cerca de 15 anos, mas sem deixar de acreditar firmemente que o futuro do automóvel será, de forma incontornável, eléctrico.

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