A capital angolana, Luanda, conta a partir desta quinta-feira com 240 novos autocarros, que se juntam a outros 240 em circulação, frota ainda insuficiente para responder à demanda de passageiros.

Os meios, entre autocarros e miniautocarros, foram entregues esta quinta-feira à Empresa de Transporte Coletivo Urbano de Luanda (TCUL) pelo ministro do Transportes de Angola, Augusto da Silva Tomás, em cerimónia que participou igualmente o governador da província, Higino Carneiro.

Os novos veículos vão integrar a frota da empresa pública, devendo 145 ser alocados ao serviço urbano, 40 miniautocarros para o serviço urbano local, 30 outros para serviço de aluguer e 25 autocarros para o transporte interprovincial.

Na sua intervenção, Augusto da Silva Tomás referiu que estudos realizados anteriormente apontavam para uma necessidade estimada em cerca de 2.000 meios de transporte coletivos urbanos, tendo em conta a densidade populacional de Luanda, com cerca de 6,9 milhões de habitantes.

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O governante salientou que a par da aquisição e entrega de novos meios, outras ações deverão ser lavadas a cabo, como a manutenção dos veículos, de forma a garantir o tempo de vida útil programado.

Devemos também cuidar das vias principais, secundárias e terciárias, onde os meios deverão circular, a razão pela qual esses meios já foram concebidos tendo em conta a nossa realidade”, disse o ministro.

De acordo com o ministro dos Transportes, os veículos entregues têm os semieixos reforçados com equipamentos facilmente conhecidos pelos mecânicos e operários angolanos. “Isto é, os motores já não são chineses, são ocidentais, bem como os filtros também são ocidentais, mais familiarizados com os nossos operários e mecânicos”, indicou.

Com a introdução dos novos meios, novos autocarroscoletivo de passageiros, ensaiando-se naquelas áreas onde é passível o seu início imediato. “Luanda, hoje, dá mais um passo no sentido da resolução gradual dos problemas que se colocam a nível do trânsito, de modo a conferir a priorização ao transporte coletivo em detrimento do transporte individual”, realçou o governante angolano.

Hoje entregamos esses meios, há outras medidas complementares que serão tomadas nos dois, três, próximos meses, que vão estimular, incentivar o setor privado a aumentar a sua quota de participação neste processo que é o reforço da mobilidade e transporte de pessoas e mercadorias na área metropolitana de Luanda”, concluiu.

Em Luanda, o transporte público é responsável por apenas 22% das deslocações diárias, sendo o transporte individual o detentor de 18% das viagens realizadas por dia, acrescido de 60% da população que vai efetuando os seus percursos a pé até seus destinos, segundo dados do Ministério dos Transportes.