O Comando das Forças Terrestres, deixado vago pela exoneração do tenente-general Faria Menezes, é assegurado pelo 2.º comandante, major-general Cóias Ferreira, disse à Lusa o porta-voz do Exército.

A exoneração do tenente-general Faria Menezes foi aceite pelo ministro da Defesa Nacional, Azeredo Lopes, na segunda-feira. A transição do tenente-general para a situação de reserva formaliza-se esta sexta-feira. Cóias Ferreira assumirá o Comando das Forças Terrestres “em suplência” até à nomeação de um novo comandante, pelo ministro da Defesa, disse à Lusa o porta-voz do Exército, Vicente Pereira.

O pedido de exoneração do tenente-general Faria Menezes tinha sido noticiado pelo semanário Expresso no sábado, bem como do tenente-general Antunes Calçada, do Comando de Pessoal, que, de acordo com o semanário, se demitiu “por divergências inultrapassáveis” com o Chefe do Estado-Maior do Exército alegadamente devido à forma como o general Rovisco Duarte decidiu exonerar cinco comandantes no caso do furto de Tancos.

Na base das decisões dos dois generais, segundo o jornal, estará a forma como o chefe do ramo decidiu exonerar os comandantes das cinco unidades responsáveis por alocar efetivos à vigilância dos Paióis Nacionais de Tancos, de onde foi furtado material de guerra, detetado no dia 28.

A saída dos dois generais implicará uma reorganização na estrutura superior do Exército mas o chefe do Estado-Maior do ramo, general Rovisco Duarte, poderá esperar por setembro para uma reorganização completa já que nessa altura passará à reserva, por limite de tempo no posto, o tenente-general vice-chefe do Estado-Maior, Rodrigues da Costa. Até lá, o tenente-general Rodrigues da Costa assumirá o Comando de Pessoal, em acumulação, na sequência da saída de Antunes Calçada.

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