Slow J

19h40, Palco EDP

The Art Of Slowing Down saiu no passado mês de março e foi um fósforo: não porque tivesse queimado depressa, mas porque a ignição foi explosiva. E é provável que venha a ficar em lume brando na lista dos melhores discos hip hop do ano, a avaliar pelas reações — na altura, Vasco Mendonça deu-se ao trabalho de escolher 15 gifs para explicar porquê, um para cada tema. Para os mais distraídos, Slow J bem que pode ser um dos grandes concertos do SBSR deste ano.

London Grammar

22h20, Palco Super Bock

Saiu há pouco mais de um mês, chama-se Truth Is a Beautiful Thing e é o nome do segundo álbum do trio britânico, pop lenta a apontar para o coração que repete a fórmula do mui bem sucedido If You Wait (2013). A ascensão foi extraordinária e com mérito, não é muito frequente uma banda conseguir em tão pouco tempo tantos singles de sucesso. Espera-se por isso um bom “mix” dos dois álbuns e, já agora, a versão de “Bitter Sweet Symphony” dos The Verve e que Hannah Reid esteja com a voz afinada. Tem tudo para ser bom.

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Língua Franca

22h45, Palco EDP

Vai estar na pala do Pavilhão de Portugal o melhor dos argumentos para apanhar o ar fresco do rio de onde partiram as caravelas que, por obra do acaso, encontraram o Brasil (por favor, não adormeça). Isso foi há muitos anos e também já lá vai o tempo, como costumava dizer o Paulo de Carvalho, em que “eles mandavam as novelas e nós mandávamos o dinheiro”, o intercâmbio cultural entre Portugal e Brasil é real e a expressão musical é apenas uma das formas. Os brasileiros Emicida e Rael e os portugueses Capicua e Valete constituem a Língua Franca, um projeto (e disco) hip hop que é um dos exemplos mais interessantes de como é possível cruzar duas culturas sob o chapéu da mesma língua.

Future

00h00, Palco Super Bock

São poucos os que se podem gabar de conquistar o primeiro lugar da Billboard a cada novo lançamento. E também são poucos aqueles que editam dois LPs no mesmo mês com uma semana de diferença. FUTURE e HNDRXX (pronuncia-se Hendrix) são o 5º e 6º álbum do rapper Nayvadius DeMun Wilburn, uma das super estrelas do hip hop atual e, por isso, cabeça de cartaz deste segundo dia do SBSR. Future não é um artista fácil de catalogar, estes dois últimos álbuns não entusiasmaram particularmente a crítica, mas o que devemos ter em linha de conta são as centenas de milhões de plays no YouTube. O resto é conversa.

Beatbombers

1h00, Palco Carlsberg

Nem o festival se fazia. A dupla constituída por DJ Ride e Stereossauro é bi-campeã do mundo sem direito a medalha de mérito, são dois mestres da arte do scratch e turntablism. Trabalham juntos há mais de 10 anos mas só agora editaram um álbum, que conta com várias colaborações, entre elas Slow J (que atua também esta sexta-feira). A coisa promete, fica o aviso.