O processo da morte do advogado João Álvaro Dias, de 56 anos, foi reaberto para novas investigações, depois do Ministério Público ter recebido denúncias de que terá sido o advogado a encenar a própria morte, no Natal do ano passado.

O juiz de instrução decretou segredo de justiça na passada segunda-feira e o processo não pode ser consultado. A notícia foi avançada pela SIC esta sexta-feira. O processo foi arquivado na altura como acidente.

O advogado era alvo de vários processos judiciais, daí que tenham surgido suspeitas de encenação da sua própria morte. Alguns estava em fase de julgamento, outros em recurso no Tribunal da Relação. Num deles, estava a ser investigado pela Polícia Judiciária. O advogado corria até o risco de vir a cumprir uma pena de prisão efetiva de cinco anos e meio. Um mês antes da sua alegada morte tinha sido considerado culpado de burla agravada e falsificação de sentenças.

Mas como morreu ou encenou a morte?

João Álvaro Dias terá morrido no dia de Natal do ano passado na Herdade Mata do Duque, um empreendimento de luxo que tinha na localidade de Santo Estêvão, no concelho de Benavente. A mulher, de 56 anos, terá assistido a tudo.

O advogado terá sido atropelado e esmagado pelo próprio carro. Álvaro Dias teria estacionado o seu Rolls Royce num terreno inclinado, quando este começou a descair em marcha-trás. Ainda tentou entrar no carro e travá-lo mas foi quando ficou esmagado contra a uma árvore.

Por volta das 13h00 foram chamados os Bombeiros Voluntários de Benavente. No local, esteve também uma Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) e a Polícia Judiciária. Quando os meios de socorro chegaram, o advogado já não apresentava sinais de vida.

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