Pelo menos uma pessoa morreu neste domingo a oeste da capital da Venezuela quando um grupo de homens armados disparou contra um dos postos onde se votava no referendo promovido pela oposição, relataram várias fontes. O chefe de campanha do referendo afirmou que duas pessoas morreram e quatro ficaram feridas, mas o Ministério Público venezuelano apenas confirma que está a investigar a morte de uma pessoa e ferimentos em três.

Carlos Ortiz escreveu na rede social Twitter que “paramilitares dispararam” sobre o local da consulta, relato confirmado pelo Observatório Venezuelano da Conflitualidade Social, que acrescentou que as pessoas que ali se contravam se refugiaram numa igreja.

O líder da coligação da oposição, Henrique Capriles, afirmou que se tratou de um ato de “desespero [do Presidente Nicolás Maduro] e da sua cúpula corrupta, que mandou os seus grupos paramilitares assassinar” quem quis votar na consulta para repelir a Assembleia Nacional Constituinte impulsionada pelo governo. Apesar de não ser reconhecida pelo governo, a consulta tinha decorrido com normalidade até então.

Os organizadores já tinham admitido recear a violência dos “colectivos”, grupos de apoiantes de Nicolás Maduro como os que no passado dia 05 invadiram o parlamento dominado pela oposição e feriram vários deputados. No referendo pergunta-se aos venezuelanos se rejeitam a assembleia constituinte que deverá entrar em funções no próximo dia 30, que os opositores de Maduro consideram que se destina a “consolidar uma ditadura”. Pergunta-se ainda se os cidadãos querem novas eleições.

Desde 1 de abril morreram 94 pessoas durante a vaga de protestos contra o governo.

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