O Benfica pondera avançar para o Tribunal Arbitral do Desporto (TAD), no sentido de exigir a impugnação e nulidade da decisão do Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol que ilibou Pinto da Costa e o FC Porto do processo “Apito Final”.

De acordo com informação avançada pelo jornal Record, os benfiquistas estão dispostos a contestar a decisão da FPF de retirar o castigo a Pinto da Costa — dois anos de suspensão e uma multa de 150 mil euros — e ao FC Porto, que resultou na subtração de seis pontos na época 2007/2008.

Ainda segundo o mesmo jornal desportivo, o Benfica deixa três questões que exige ver respondidas — e uma delas é dirigida ao Sporting. À cabeça, os encarnados perguntam “se a FPF usurpou poderes do TAD, qual é a posição do secretário de Estado do Desporto perante uma violação grave dos poderes públicos desportivos e qual a consequência para a utilidade pública desportiva da FPF?”.

Na mesma medida, e referindo-se concretamente a Fernando Gomes, o Benfica pergunta como é que “poderia este Conselho de Justiça deliberar sobre um processo que reporta a factos praticados por uma SAD que à data tinha como membro o atual presidente da FPF? Não haveria aqui conflito de interesses? Não deveria os atuais membros, eleitos com o atual presidente da FPF, ter pedido escusa?”.

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A terminar, o clube da Luz pressiona diretamente o Sporting para perceber qual é a posição do clube de Alvalade, tendo em conta que um “dos primeiros atos de gestão de Bruno de Carvalho foi fazer uma denúncia à UEFA por causa do Apito Dourado e baseado nas escutas e depoimento de Carolina Salgado”. “A Santa Aliança impõe o silêncio?”, desafiam os encarnados.

No sábado, tornou-se pública a decisão do Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol de absolver o FC Porto e o seu presidente, Jorge Nuno Pinto da Costa, no processo “Apito Final”. Em 2008, A SAD portista e o dirigente tinham sido considerados culpados por “corrupção da equipa de arbitragem na forma tentada” no jogo Beira-Mar-FC Porto, disputado a 18 de abril de 2004, pela Comissão Disciplinar da Liga, decisão revertida agora.

Na newsletter do clube, “Dragões Diário”, os portistas celebraram a decisão, dizendo que “a justiça tarda, mas por vezes chega mesmo“. Para o FC Porta, esta decisão representa “uma derrota para todos os pseudo-justiceiros que, à margem da legalidade, mas sobretudo da decência, procuraram denegrir a imagem do F.C. Porto e de todos os que o servem, colocando em causa o mérito desportivo da única equipa que, ao longo dos últimos 50 anos, teve capacidade para prestigiar o futebol português através da conquista de títulos internacionais”.