Dispensemos os rodeios: é difícil descrever o Sud Lisboa. Não que falte identidade nos dois edifícios que compõem o projeto — Sud Terrazza e Sud Hall — ou porque haja pouco a dizer. É precisamente o contrário que está em jogo na nova (e primeira) aposta do grupo SANA fora da hotelaria, que faz sensivelmente dois anos comprou os já demolidos Piazza Di Mare e BBC, instalados na zona ribeirinha de Belém, para criar de raiz dois edifícios irmãos na aparência, complementares no serviço.

Enquanto o Sud Hall, de dois pisos e 1.600 metros quadrados, se destina a eventos privados, o Terrazza está aberto ao público das 08h00 às 02h00. Lá dentro está um mundo: se por um lado há um mesmo restaurante com dois ambientes distintos — um mais intimista e sóbrio, outro mais descontraído com cocos e candeeiros suspensos –, por outro, subindo uma imponente escadaria em caracol, toda ela trabalhada em latão, fica uma piscina panorâmica debruçada sobre o Tejo com direito ao já habitual rooftop.

A piscina panorâmica tem 11 metros de comprimento e lotação máxima diária de 30 a 40 pessoas. (foto: © Antonio Nascimento)

É muita informação a reter, é certo, e ainda nem falámos dos bares ou da música ao vivo, incluindo um DJ residente. Ou da ponte que une os dois Sud. Talvez o mais importante a decorar seja a omnipresença do rio, uma vez que ambas as estruturas são parcialmente ladeadas por janelas largas que dão destaque permanente a um dos cenários mais típicos da cidade. O facto de estarem à beira-rio quase faz dos edifícios dois cruzeiros prestes a navegar.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Voltemos ao Terrazza: no restaurante dotado de espaços distintos há desde pequenos-almoços a jantares inspirados na cozinha mediterrânea, com aposta nos sabores italianos. Nas entradas há propostas dignas de uma trinca, tal como a burrata de produção exclusiva, que viaja três vezes por semana diretamente de uma aldeia italiana. Isto sem descurar as massas, os risotos e ainda as pizas, feitas em forno de lenha, além dos pratos de carne e de peixe acompanhados por uma carta de vinhos com mais 120 referências, incluindo proposta nacionais e outras do velho e do novo mundo. E onde há vinho há também cocktails, servidos quer no bar térreo, quer naquele que serve de apoio à “piscina infinita” (o acesso custa 35 euros por pessoa e faz-se entre as 09h00 e as 18h00, de maio a outubro).

A burrata servida no Sud Terrazza, um queijo mozarela recheado com leite fermentado, é de produção local e vem diretamente de uma aldeia italiana. (foto: © Antonio Nascimento)

A arquitetura e a decoração do espaço — a cargo de António Pinto, o mesmo nome por detrás do Alcântara Café e do Espaço Lisboa — é também um elemento surpresa. O latão está um pouco por toda a parte, desde a escadaria a alguns candeeiros suspensos, e um dos bares é acompanhado por uma estrutura de vidro impressionante, que parece descer dos céus ao encontro do balcão adornado por listas néon.

No Sud Lisboa tudo é “íssimo”, de tanta que é a oferta e a ambição. A sua construção e consequente abertura significou também a criação de 120 postos de trabalho, além de um investimento de 16 milhões de euros. Só no Terraza são 1.000 metros quadrados que podem ser ocupados por um máximo de 240 pessoas, estejam elas à mesa ou beira da piscina, mas sempre com o Tejo em pano de fundo.

Nome: Sud Lisboa (composto pelo Sud Terrazza e pelo Sud Hall)
Morada: Avenida Brasília, Pavilhão Poente, Lisboa
Telefone: 211 592 700
Horário: todos os dias, das 08h às 02h (Sud Hall fechado para eventos privados)
Reservas: obrigatória aos almoços e aos jantares; acesso à piscina mediante disponibilidade do espaço
Preço médio: 40 euros (ao jantar), sem bebida
Site: www.sudlisboa.com