O vice-presidente de Angola, Manuel Vicente, exortou hoje, em Luanda, no lançamento da Bolsa de Solidariedade Social, ao apoio da sociedade angolana às populações mais carenciadas e em situação de vulnerabilidade.

Esta bolsa resulta da iniciativa do Governo angolano, em parceria com as organizações da sociedade civil que se propõem acudir às camadas da população mais necessitadas, sobretudo em tempo de crise como o que o país vive.

Estimular, impulsionar e reforçar as ações de solidariedade, apoiar a criação de bancos de alimentos em todas as províncias, apoiar a criação de cozinhas voluntárias e promover um movimento de voluntariado em Angola são alguns dos objetivos da Bolsa de Solidariedade Social.

Durante a sua intervenção, o vice-Presidente angolano saudou a iniciativa, da responsabilidade do Ministério da Assistência e Reinserção Social (MINARS), assinalando que o país ganha uma plataforma que “vem agilizar e distribuir melhor as ajudas a quem precisa”.

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“Uma plataforma que tem nos doadores o seu centro nevrálgico, uma plataforma cujo objetivo primeiro é servir quem mais precisa de forma coordenada e transparente mostra bem que aos poucos vimos percorrendo um novo caminho e vimos igualmente vendo os seus frutos”, disse.

Manuel Vicente sublinhou que em Angola a solidariedade não é uma palavra vã, uma vez que muitos cidadãos assumem disponibilidade para apoiar.

“Em 15 anos [de paz em Angola] muitas são as conquistas que nos aprazem registar. É para nós estimulante saber que podemos contar com uma sociedade civil forte e pujante, que se une para juntos caminharmos com o executivo, as pessoas singulares e coletivas, as igrejas, os empresários”, referiu.

De acordo com o vice-Presidente angolano, o combate à pobreza e a melhoria da qualidade de vida das populações está no centro das atenções do Governo, sublinhando que o Orçamento Geral do Estado (OGE) tem, ao longo dos anos, aumentado a verba destinada ao setor social.

“Para este ano atribuiu 38,3% para este setor social o que quer dizer que esta é uma área cuja atenção e desenvolvimento tem tido particular destaque”, enfatizou.

A Bolsa de Solidariedade Social prevê criar um “Comité de Honra” composto por personalidades de “reconhecida idoneidade e autoridade moral”, para garantir a transparência das ações e assegurar o acompanhamento, monitorização e fiscalização das atividades.

As doações para esta bolsa poderão ser feitas em espécie, dinheiro, oportunidades de inclusão/integração produtiva, além de trabalho voluntário.