O antigo candidato à presidência francesa, Jean-Luc Mélenchon, está a ser investigado por alegadamente ter pago aos seus assistentes com dinheiro do Parlamento Europeu.

A notícia está a ser avançada pelo Le Parisien. Mélenchon, que foi eurodeputado entre 2009 e 2017 — altura em que abandonou o cargo para ir para o Parlamento francês –, é suspeito de ter criado empregos fictícios para quatro assistentes parlamentares europeus, com o objetivo de poder utilizar fundos europeus para pagar o trabalho que faziam para o Partido de Esquerda, fundado por Mélenchon em 2008 depois da sua saída do Partido Socialista, e para o movimento França Insubmissa, com o qual se candidatou às eleições deste ano.

Mélenchon, contudo, nega as acusações. “Quando estava no Parlamento Europeu, nenhum dos meus assistentes teve responsabilidades políticas no Partido de Esquerda e no França Insubmissa”, afirmou o ex-candidato à presidência francesa.

O jornal francês, contudo, ressalva que nada impede que haja esta acumulação de cargos, isto é, trabalhar como assistente de um eurodeputado e, ao mesmo tempo, ser funcionário de um partido nacional — mas é preciso que essa pessoa desempenhe funções efectivas em ambos os cargos.

No final de junho, Marine Le Pen, líder do partido Frente Nacional e também ex-candidata às eleições presidenciais, foi formalmente acusada por uso indevido de fundos europeus para pagar à sua chefe de gabinete, Catherine Griset, e ao seu guarda-costas, Thierry Legier.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Marine Le Pen formalmente acusada por uso indevido de fundos europeus

Outros 17 eurodeputados da Frente Nacional estão a ser investigados, num processo que dura desde 2015. Foi aliás uma eurodeputada da Frente Nacional que denunciou Mélenchon ao procurador francês.