Portugal colocou esta quarta-feira 1.750 milhões de euros, montante máximo anunciado, em Bilhetes do Tesouro a seis e a 12 meses, de novo, a taxas de juro médias ainda mais negativas do que as dos anteriores leilões comparáveis, foi anunciado.

Segundo a página da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) na agência Bloomberg, a 12 meses foram colocados 1.250 milhões de euros em Bilhetes do Tesouro (BT) à taxa de juro média de -0,259%, de novo negativa e inferior à registada em 17 de maio de 2017, quando foram colocados 1.000 milhões de euros a uma taxa de juro média de -0,153%. A seis meses, foram colocados 500 milhões de euros em BT à taxa média de -0,292%, mais negativa do que a verificada também em 17 de maio, quando foram colocados 500 milhões de euros a -0,210%.

A procura atingiu 2.130 milhões de euros para os BT a 12 meses, 1,70 vezes superior ao montante colocado, e 1.385 milhões de euros para os BT a seis meses, 2,77 vezes o montante colocado.

O IGCP tinha anunciado para esta quarta-feira dois leilões de BT a seis e a 12 meses entre 1.500 milhões de euros e o montante máximo de 1.750 milhões de euros com maturidades em 19 de janeiro de 2018 (seis meses) e em 20 de julho de 2018 (um ano). Os leilões já estavam previstos no programa de financiamento a curto prazo do IGCP no terceiro trimestre deste ano, sendo que este é o primeiro leilão duplo de BT com estas maturidades.

Em maio, nos últimos leilões de BT comparáveis, Portugal colocou 1.000 milhões de euros a um ano a uma taxa de juro média de -0,153% e 500 milhões de euros a seis meses a uma taxa de juro de -0,210%. Em ambos os casos, as taxas de juro foram ainda mais negativas do que as dos anteriores leilões comparáveis.

Entre julho e final de setembro, o IGCP espera arrecadar 4.500 milhões de euros em Bilhetes do Tesouro, tendo já colocado, na passada quarta-feira, 1.000 milhões de euros em obrigações a 10 anos e a 28 anos.

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