A confiança no seu trabalho sofreu um rombo mas Jeff Sessions, procurador-geral dos Estados Unidos, nem põe a hipótese abandonar o seu lugar à frente do Departamento de Justiça. O Presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou, esta quarta-feira, em entrevista ao The New York Times, que nunca teria nomeado Jeff Sessions como procurador-geral se tivesse sabido da sua intenção em pedir escusa na investigação à suposta ingerência russa nas eleições norte-americanas. Essa decisão de Sessions, disse Trump, foi “extremamente injusta para o Presidente”.

Um dia depois das declarações do Presidente norte-americano ao New York Times, Jeff Sessions falou aos jornalistas e desvalorizou as palavras de Trump, mostrando que a sua lealdade à posição que ocupa permanece inalterada. “Nós neste Departamento de Justiça vamos continuar, todos os dias, a lutar pelo interesse nacional e a seguir, com todo o coração, as prioridades do Presidente Trump”, disse Sessions. O procurador-geral aproveitou ainda para anunciar um reforço no combate à criminalidade informática, “uma das diretrizes do Presidente”, e falou da “honra” que sentia por estar à frente do Departamento de Justiça: “tenho intenção de continuar a geri-lo enquanto for apropriado”, concluiu.

A opção de Sessions em se retirar da investigação à interferência russa nas presidenciais norte-americanas teve como consequência a nomeação de um procurador especial, o ex-diretor do FBI Robert S. Mueller, que é visto como alguém imune a pressões da Casa Branca.

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