O ministro da Defesa confirmou esta quinta-feira que vai fechar definitivamente os Paióis Nacionais de Tancos devido às dificuldades logísticas de garantir a segurança e acusou o CDS-PP de tentar instrumentalizar politicamente o caso.

Em entrevista à RTP3, Azeredo Lopes esclareceu que o processo de averiguações aberto pelo Regimento de Engenharia 1 do Exército — que tinha a responsabilidade pela segurança dos paióis na altura do furto — poderá determinar “eventuais responsabilidades disciplinares”.

O material militar que está atualmente nos paióis será transferido para as instalações militares de Santa Margarida, em Santarém, e eventualmente para os paióis da Força Aérea e da Marinha, estes últimos, em Alcochete, com condições de segurança que obedecem aos padrões da NATO, disse o ministro.

Quanto aos Paióis de Tancos, serão definitivamente encerrados pelas “dificuldades logísticas de garantir a segurança dos equipamentos”.

O ministro reiterou que “não sabia” da existência de qualquer risco de segurança nas instalações de Tancos e acusou o CDS-PP de procurar “instrumentalizar as Forças Armadas” ao pedir a demissão não só do ministro mas também do chefe do Estado-Maior do Exército.

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Para Azeredo Lopes, “numa análise de boa-fé”, começa a ser “mais discutível a aceitação política desta exigência [a demissão do ministro da Defesa] a partir do momento em que o ministro demonstra que não sabia, não podia saber e que não tinha conhecimento prévio” de riscos de segurança nas instalações de Tancos.

“Havia um problema geral quanto a proteção e videovigilância”, disse.

O Exército divulgou no passado dia 29 de junho o furto de material de guerra dos paióis de Tancos com um valor estimado em 34.400 euros. Parte desse material estava obsoleto e indicado para abate desde 2012, disse Azeredo Lopes.