O Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola vai financiar com 28,8 milhões de dólares (25,2 milhões de euros) projetos envolvendo pequenos agricultores das províncias angolanas do Cuanza Sul e da Huíla.

A informação consta de um recente despacho presidencial em que José Eduardo dos Santos autoriza os termos do financiamento a atribuir por aquele organismo internacional, para cobertura do Projeto de Desenvolvimento e Comercialização de Agricultura de Pequenos Agricultores (SAMAP) naquelas duas províncias do centro e sul de Angola.

O IFAD (International Fund for Agricultural Development), criado em 1976, é a agência da Organização das Nações Unidas responsável pela mobilização de recursos financeiros complementares para garantir o desenvolvimento agrícola dos países em desenvolvimento, nomeadamente em África.

De acordo com informação do IFAD consultada esta sexta-feira pela Lusa, o programa SAMAP pretende contribuir para o “aumento da produtividade dos pequenos agricultores”, através da formação das competências técnicas, organizacionais e de gestão. Também vai permitir apoiar o desenvolvimento de políticas “mais propícias e um ambiente favorável para a agricultura de pequenos agricultores”.

O programa SAMAP será apoiado ainda pela FAO, a organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura, na área da formação.

Angola vive uma profunda crise económica, financeira e cambial decorrente da quebra para metade, em 2015, das receitas com a exportação de petróleo, tendo o Governo lançado há mais de um ano um programa que visa dinamizar e diversificar a produção nacional. O objetivo é travar as importações e aumentar as exportações, gerando outras fontes de divisas, sendo a agricultura a principal aposta. Mais de dois milhões de famílias angolanas vivem da agricultura, setor que emprega no país 2,4 milhões de pessoas e que conta com 13.000 explorações empresariais, segundo dados governamentais.

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