A City Drive, empresa de partilha de viaturas, investe meio milhão de euros para juntar o Porto até ao final do ano à sua operação, atualmente centrada em Lisboa, e que exportar serviço para 50 cidades em cinco anos.

Segundo Nuno Cepêda, responsável pelo marketing na empresa portuguesa, comprada no ano passado por um grupo suíço, os planos são chegar ao Porto este ano e operar em 50 cidades em todo o mundo nos próximos cinco anos, nomeadamente em África e na América Latina, antecipando um investimento de meio milhão de euros em cada nova localização.

Em declarações à agência Lusa, o responsável informou ainda que à atividade de ‘car-sharing’ (partilha de viaturas), a empresa incluirá, em breve, a ‘scooter-sharing’ (partilha de motos) e mais tarde o ‘pier to pier’, ou “o airbnb dos carros”.

“É alguém que disponibiliza o seu carro para outro particular através de uma plataforma”, explicou.

O conceito proposto pela empresa é ainda muito desconhecido dos portugueses, pelo que se “está longe de ser um mercado maduro”.

O perfil etário “mais típico” dos clientes situa-se entre os 25 e os 40 anos, mas também há “clientes mais jovens sem poder de aquisição de uma viatura”, referiu Nuno Cepêda, notando ainda que a “tipificação” é sobretudo pelas “necessidades”.

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“Temos, cada vez mais clientes que abdicam de ter viatura para optar por soluções de mobilidade como o ‘car-sharing’, mas tipicamente são pessoas que optam [pelo sistema] como uma segunda forma de mobilidade, porque já têm viatura”, indicou.

O responsável citou estudos públicos que indicam que “cada carro de ‘car-sharing’ retira oito a dez viaturas da cidade” por as pessoas abdicarem das suas viaturas, “porque têm problemas no trânsito e porque o estacionamento é caro”.

“No preço do nosso serviço estão incluídos o combustível e o parquímetro”, estando em causa 29 cêntimos por minuto na hora inicial e 25 cêntimos nos períodos seguintes, num máximo diário de 69,90 euros.

Cepêda precisou ainda à Lusa que a empresa opera no modelo ‘free-floating’, que indica qual o carro que está mais próximo do utilizador, que reserva e abre as portas do veículo através de uma aplicação no telemóvel. A entrega é feita na denominada “zona de serviço”, que é Lisboa.

Outro modelo da partilha de viaturas obriga a levantar e a entregar em locais específicos.

Depois de três anos no mercado, e a sua aquisição pelos suíços do Yo!Car, a empresa além da expansão e aposta em veículos elétricos também avançou com uma nova aplicação “mais intuitiva e fiável” e que permite utilizar cartões de crédito, ampliando assim a possibilidade de ter turistas estrangeiros entre os clientes, referiu Cepêda.

A Citydrive nasceu, em 2014, de uma empresa de ‘software’ com uma frota de 40 carros.