Quase 73 mil alunos abandonaram as aulas na província do Niassa, norte de Moçambique, devido aos casamentos prematuros e aos ritos de iniciação no ano passado, informou uma fonte oficial.

De acordo com o diretor provincial da Educação e Desenvolvimento Humano no Niassa, Faustino Amino, citado esta segunda-feira pelo diário Notícias, dos 401.552 alunos inscritos em 2016 apenas 328.670 chegaram ao final do ano letivo.

Faustino Amino disse que a situação tem estado a melhorar no presente ano letivo, mas alertou que é necessário que as populações sejam consciencializadas sobre a importância da educação para os menores, principalmente nas zonas mais recônditas.

Os casamentos são importantes para a estabilidade moral e social, mas devem envolver pessoas adultas e devem ocorrer depois de os futuros pais se formarem”, disse Faustino Amino.

Para aquele responsável, a luta contra o abandono das aulas por parte das crianças deve envolver todos atores da sociedade, com destaque para os pais e para os líderes comunitários.

Além dos casamentos prematuras e dos ritos de iniciação, o nomadismo das populações no Niassa é apontado também como um fator que leva as crianças a abandonarem a escola.

De acordo com dados do governo provincial, em cada 100 alunas 15 abandona anualmente as aulas antes do final do ano letivo em Niassa.

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