Numa altura em que os principais construtores automóveis mundiais divulgam os respectivos números relativos à primeira metade de 2017, a aliança franco-nipónica Renault-Nissan é quem tem mais motivos para comemorar, especialmente depois de assumir igualmente o controlo da Mitsubishi. Depois de do seu CEO, Carlos Ghosn, ter anunciado que o grupo estaria na liderança da classificação dos maiores fabricantes mundiais até ao final do presente ano, os números agora divulgados não só vêm dão razão ao gestor, como fazem-no antecipadamente: apesar de 2017 ainda não ter terminado, a Aliança Renault-Nissan é já o maior construtor automóvel mundial, com um total de 5,2 milhões de carros transaccionados em todo o mundo, entre Janeiro e Junho.
Segundo os últimos dados, a Aliança alcançou um crescimento de 7% nas vendas, durante a primeira metade de 2017, graças não só a uma excelente performance da Nissan no Japão, como também aos óptimos resultados da Renault em África e na Ásia.
Com a subida da Renault-Nissan ao topo da classificação, o anterior líder, o grupo alemão Volkswagen, surge agora no 2º lugar, com um crescimento nas vendas de apenas 0,4%. E, ainda assim, sobretudo por via das excelentes performances da espanhola Seat e, especialmente, da britânica Bentley. No primeiro caso, com uma subida de 13,7% na venda de carros novos, ao passo que, no segundo, graças um crescimento de 30,6%. Isto, enquanto a Volkswagen subiu só 0,3% e as vendas da Audi caíram 4,7%.
Em termos de mercados, o Grupo Volkswagen não escapou a uma queda de 1,4% no mercado interno, durante a primeira metade de 2017, descida que foi atenuada por uma bem melhor prestação nos mercados asiáticos.
Já no 3.º lugar, surge a nipónica Toyota, que conseguiu terminar o primeiro semestre com uma subida de 2,4% nas vendas, graças às 4.622.000 unidades transaccionadas, logo seguida da sul-coreana Hyundai-Kia, com 2.200.200 unidades vendidas. Número que, ainda assim, representa uma queda acentuada de 7,9% face à prestação conseguida em 2016, muito por culpa do francamente mau desempenho no maior mercado mundial, a China.
1 | Renault-Nissan | 5.268.079 | +7% |
2 | Grupo Volkswagen | 4.809.453 | +0.4% |
3 | Toyota | 4.622.000 | +2.4% |
4 | Hyundai-Kia | 2.200.200 | -7.9% |
5 | Grupo PSA | 1.361.964 | +2.4% |
6 | Fiat-Chrysler Automobiles | 1.225.000 | -1% |
7 | Grupo BMW | 1.220.819 | +5% |
8 | Daimler | 822.500 | +8% |
No 5.º posto apresenta-se o Grupo PSA, que na primeira metade deste ano conseguiu também incrementar as vendas mundiais 2,4%, muito à custa de dois modelos: o novo Citroën C3, que chegou a meio do ano, com 134 mil unidades vendidas e um crescimento de 43,9% face a 2016, e o velhinho Peugeot 405, que vendeu 122 mil unidades em países menos exigentes, o que significou uma subida de 1.656% face ao ano anterior.
As restantes posições são ocupadas pela Fiat Chrysler Automobiles, em 6.º lugar, com 1.225.000 unidades transaccionadas (menos 1% face a 2016); o Grupo BMW, no 7.º posto, com 1.220.819 unidades vendidas (subida de 5%); e a Daimler, proprietária das marcas Mercedes-Benz e Smart, que chega a meio do ano no 8.º posto, com um crescimento de 8% nas vendas e um total de 822.500 veículos transaccionados.