O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, apelou aos moçambicanos a colaborarem com as equipas de recenseadores, considerando que o quarto Recenseamento Geral vai recolher informações que irão ajudar as novas políticas de habitação do governo.

Gostaríamos de reiterar o apelo a todos residentes no território nacional, independentemente da sua nacionalidade, religião e orientação ideológica para colaborarem com a equipa de recenseadores”, declara o chefe de Estado moçambicano, numa mensagem distribuída à imprensa.

O censo geral em Moçambique arranca na terça-feira e espera-se que abranja mais de cinco milhões de agregados familiares, num processo que se prevê que registe mais de 27 milhões de pessoas.

Para Filipe Nyusi, o processo vai facilitar o governo na criação de políticas de habitação e urbanização, bem como a definição de estratégias mais adequadas ao atual contexto das famílias moçambicanas.

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“O Censo é igualmente uma oportunidade para o Governo colher informações vitais que lhe permitem desenhar políticas públicas mais consentâneas com a realidade e necessidades da população, especialmente no que tange à políticas de emprego, e de desenvolvimento, com o fim último de proporcionar o bem-estar de todos residentes no nosso país”, acrescenta o Presidente moçambicano.

O processo vai durar 15 dias e, durante este período, espera-se que as equipas do Instituto Nacional de Estatísticas colham informações sobre a idade, estado civil, língua, profissão e educação da população.

De acordo com dados oficiais, a população do país está estimada em cerca de 27,1 milhões, um crescimento de 30% desde o último censo (2017).

O custo do quarto Recenseamento Geral da População e Habitação está estimado em 75 milhões de dólares (66,5 milhões de euros), dos quais 45 milhões de dólares (39,9 milhões de euros) serão gastos durante a fase de inquéritos.

O primeiro Recenseamento Geral da População em Moçambique foi realizado em 1980, cinco anos após a independência, seguindo-se os de 1987, 1997 e 2007, com um intervalo de dez anos entre cada um, como recomendam as práticas internacionais sobre censos populacionais.