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Cuidado, está quente: O Watt

Este artigo tem mais de 5 anos

O novo restaurante de Kiko Martins na sede da EDP é discriminador: ali não entram fritos, manteigas, banhas ou açúcares refinados. Mas não se pense que isso limita a cozinha d'O Watt. Pelo contrário.

O Watt é o novo restaurante de Kiko Martins. Fica na nova sede da EDP, em Santos
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O Watt é o novo restaurante de Kiko Martins. Fica na nova sede da EDP, em Santos

© Francisco Rivotti

O Watt é o novo restaurante de Kiko Martins. Fica na nova sede da EDP, em Santos

© Francisco Rivotti

A história

Quando da mudança da EDP para a nova sede, na Avenida 24 de Julho, em Santos, Kiko Martins foi o chef escolhido para explorar os dois espaços de restauração do edifício. O primeiro, A Cafetaria — focado em refeições leves e rápidas –, abriu no início de 2016, no piso subterrâneo. Mas foi apenas um pequeno aperitivo para este O Watt, nome sugerido por António Mexia (CEO da empresa): um restaurante a sério, para almoços e jantares, com um conceito bem definido, entrada independente no piso térreo e uma cozinha de dimensões muito apreciáveis que, segundo o chef, “vai beneficiar muito A Cafetaria”.

O Watt tem entrada independente pelo piso térreo da sede da EDP, em Santos.
(foto: © Francisco Rivotti)

O que interessa saber

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Nome: O Watt
Abriu em: Julho de 2017
Onde fica: Avenida 24 de Julho, 12 (Santos), Lisboa
O que é: O novo restaurante de Kiko Martins na sede da EDP, com uma cozinha leve, onde não se frita nem usa açúcares refinados.
Quem manda: É uma parceria entre Kiko e a EDP, a quem pertence o espaço
Quanto custa: Entre 35 a 40€ por pessoa. Há um menu de degustação de seis pratos por 54,80€.
Uma dica: No final da refeição chega à mesa um carrinho de uísques com referências de todo o mundo.
Contacto: 21 136 9504
Horário: Para já está aberto aos almoços de segunda a sexta e ao jantar à sexta e sábado. A partir de setembro abrirá todos os dias aos almoços e jantares.
Links importantes: Facebook; Instagram

O espaço

A entrada, já se escreveu em cima, é totalmente independente. Faz-se pela enorme praça criada pelo conjunto de edifícios desenhados pelos arquitetos Aires Mateus. Um letreiro em néon identifica as portas espelhadas. Tal como acontece noutros restaurantes de Kiko Martins, os clientes são recebidos por uma hostess, no bar, onde deverão aguardar pela respetiva mesa. O caminho para esta(s) faz-se por um corredor largo com vista para a cozinha.

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O restaurante, que foi desenhado pelo ateliê do britânico Jasper Morrison, tem três áreas distintas, todas com lugares sentados: não são propriamente salas, fazem parte do mesmo espaço, mas estão divididas por blocos de paredes, onde estão expostas as fotografias de Edgar Martins resultantes do projeto The Time Machine, em que o autor visitou 19 barragens e centrais elétricas do país.

Ao todo, o Watt tem 110 lugares, mas esta divisão permite que o restaurante pareça composto a partir das 30. “Assim está sempre com onda, conseguimos dividir as pessoas por áreas”, justifica Kiko. Destaque, também, para alguns elementos retro na decoração, entre rádios, ventoinhas ou robôs de cozinha antigos.

O restaurante tem capacidade para 110 pessoas, divididas por diferentes áreas, o que permite ir compondo a sala à medida das necessidades. (foto: © Francisco Rivotti)

A comida

Kiko Martins não quer rotular a cozinha que pratica n’O Watt como “saudável”. Mas é uma cozinha leve, onde não se frita, não se usa manteiga nem banha e em que os açúcares utilizados provêm de fontes naturais. “É essa a linha orientadora: ao contrário de outros restaurantes este não é tanto de produto, é mais de conceito”, explica. Apesar desse conceito próprio, diferente dos outros espaços do chef, há uma linguagem comum, que se reconhece em alguns pratos conhecidos de outras paragens, casos do tártaro (d’O Talho) ou do ceviche puro (d’A Cevicheria), e até em pequenos pormenores, como os flat breads do couvert, que são de tinta de choco, simples e de alfarroba (o único exclusivo deste espaço), com molho romesco e tzatziki a acompanhar.

O couvert d’ O Watt, com três tipos de flat bread, molho romesco e tzatziki.
(foto: © Francisco Rivotti)

Quem não quiser optar pelo menu de degustação (6 pratos, 54,80€), vai explorar uma carta dividida pelas secções habituais (entradas, principais e sobremesas) e, dentro destas, por capítulos: cru, grelha e vapor. Nesse primeiro capítulo, encontram-se, por exemplo, opções como Tomate Bio com Burrata (12,30€), em que o tomate — “que é capaz de ser o meu fruto favorito”, revela o chef — surge em várias texturas: confitado, em espuma, salada, telha e até em água, acompanhado de uma burrata italiana. O Poke de Atum (12,70€), por sua vez, mostra-nos Kiko num território bem conhecido, já que se trata de um parente havaiano do ceviche, em que o leite de tigre é substituído pelo molho ponzu, de soja e citrinos. “Sou completamente apaixonado por isto”, afirma. Nesta versão, o poke é enriquecido com tapioca, o que lhe dá maior textura. “É uma invenção minha”, reconhece.

Tomate Bio com Burrata (12,30€) (foto: © Francisco Rivotti)

A Espetada de Polvo Galega (19,70€), um dos pratos principais, é grelhada no Josper — é a primeira vez que Kiko está a trabalhar com o famoso forno-grelha espanhol — e servida com uma cevadinha, em vez de arroz, com um caldo semelhante ao da paelha. O Borrego Médio Oriente (20,40€) com grão de bico exibe todas as influências dessa designação, com a acidez do sumac e o crocante dos pistácios bem evidente.

Entre as sobremesas, é imperativo referir a Barra Energética d’O Watt (6,30€), ligeiramente picante mas sem lactose ou sacarose: tem base de tâmara, coco e pistácio e cobretura de gelatina de laranja e togarashi (uma malagueta japonesa) com pipocas de lima.

Um dos pratos principais: Vieiras Mexicanas (20,80€), servidas com milho em diversas texturas e água de tomate com habanero. (foto: © Francisco Rivotti)

A bebida

No bar do restaurante, enquanto se espera por mesa, é possível provar alguns clássicos de outros restaurantes de Kiko Martins, casos do Pisco Sour d’A Cevicheria (8,50€), do Gin d’O Talho (9,50€) ou do Shōchū d’O Asiático (8,50€). Mas também há um cocktail de assinatura exclusivo d’O Watt. Chama-se O Ampere (8,50€) e é finalizado com uns pózinhos de perlimpimpim (são de gengibre, na verdade) guardados numa lâmpada. A base da bebida é gin e coentros.

O momento de finalização d’O Ampere, o cocktail de assinatura da casa. (foto: © Tiago Pais / Observador)

O final da refeição guarda outras surpresas no que à bebida diz respeito, com a visita de um carrinho de uísques, recheado de referências dos quatro cantos do mundo, entre velhos e novos: do clássico escocês Johnnie Walker Blue Label (36,30€) ao multi-premiado single malt japonês Suntory Yamazaki (43,20€). Uma aposta que Kiko Martins justifica com o ambiente do próprio restaurante: “Isto é um sítio onde apetece ficar e o uísque é uma bebida que convida a ficar.”

“Cuidado, está quente” é uma rubrica do Observador onde se dão a conhecer novos restaurantes.

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