A reestruturação do hospital de Santo Tirso vai avançar por fases ao longo de três anos, num investimento de quatro milhões de euros, disse o presidente da câmara local, que assina, esta quarta-feira, um protocolo com este centro hospitalar.

Em causa está uma unidade hospitalar que serve os concelhos de Santo Tirso e Trofa, distrito do Porto, e que integra o Centro Hospitalar do Médio Ave (CHMA), juntamente com a unidade de Famalicão, distrito de Braga.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da câmara de Santo Tirso, Joaquim Couto, referiu ter expectativa de que, “a qualquer momento” surja o anúncio da tutela sobre o avanço das obras para reestruturar o hospital, num “plano a médio prazo para levar a cabo em 2017, 2018 e 2019”.

Tudo depende do Ministério das Finanças. Mas o que depender de fundos comunitários, a câmara já assumiu e assume que paga os 15% [de comparticipação nacional]. Desta forma para efeitos do Ministério das Finanças e do da Saúde, o impacto é zero”, referiu Joaquim Couto.

A empreitada deverá beneficiar cerca de 250 mil habitantes, pertencentes aos municípios da Trofa, Santo Tirso e Vila Nova de Famalicão.

O autarca enumerou que as obras incluem a construção de um novo edifício destinado à saúde mental e outras especialidades, a requalificação dos edifícios centrais do hospital, entre outros aspetos, num investimento a rondar os quatro milhões de euros.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

“Mantemos contactos com Governo e com a Administração Regional de Saúde do Norte para avançar com estas obras mais profundas que são muito necessárias de forma a recuperar o tempo perdido aquando da reversão”, disse Joaquim Couto.

O autarca refere-se a um período, entre 2014 e 2015, em que esteve sobre a mesa a decisão de “devolver” o hospital de Santo Tirso à Santa Casa de Misericórdia local, uma ideia que gerou polémica e vozes contra e a favor e que foi cancelada no início de 2016 aquando da entrada em funções do atual Governo.

“Desde essa altura ficou assente que ter-se-ia de ajudar o hospital a recuperar do ?crash’ que tinha sofrido pelo período de impasse quanto ao futuro. Começou-se a trabalhar na recuperação do equipamento médico, do prestígio do hospital, motivação de recursos humanos e agora as obras desejadas vão avançar”, apontou Joaquim Couto.

O presidente da câmara falava antes da assinatura de um protocolo de colaboração com administração CHMA, cerimónia agendada para esta manhã e que inclui visita às instalações, nomeadamente a uma obra que está a ser levada a cabo pela autarquia.

Trata-se da recuperação de um edifício antigo, num investimento de 50 mil euros suportados pela câmara. “São mais passos para dotar o hospital de melhores condições. A realidade é que no período de 2014 e 2015, com a decisão [do então Governo] de transferência do hospital para a Misericórdia, tudo ficou estacionado mas agora há confiança no avanço do programa de médio prazo que foi traçado”, concluiu.