Numa acção digna dos melhores filmes de acção envolvendo automóveis, um gangue romeno conseguiu assaltar um camião em pleno andamento, sem que o condutor tenha dado conta e utilizando para o efeito uma carrinha modificada. Mas, para azar dos assaltantes, foram apanhados pela polícia holandesa.

O assalto foi levado a cabo com recurso a uma carrinha modificada, com a qual o gangue se aproximou, já noite, por detrás de um camião em andamento. Permitindo aos ladrões subirem para cima do capot do motor e, a partir daí, num autêntico número de acrobacia, abrirem a porta traseira do camião. Transferindo então, e com ambos os carros em andamento, o pecúlio do furto para a sua viatura: 500 mil euros em iPhones.

Segundo a Associated Press, os cinco homens – com idades compreendidas entre os 33 e os 43 anos – foram detidos no sábado, depois de terem sido apanhados num esconderijo no centro da Holanda, onde as autoridades também recuperam os iPhones e a carrinha que a polícia acredita ter sido utilizada no assalto.

Não deixa de ser curioso o local onde os romenos foram encontrados: em Otterlo. Ora, o principal ponto de interesse desta pequena vila holandesa é o Museu Kröller-Müller, que contém uma das maiores colecções mundiais de pinturas de Vincent van Gogh, apenas superada pelo próprio Museu Van Gogh. “Coincidência” que terá levado a polícia a equacionar a hipótese de o gangue poder estar a preparar-se para roubar as obras de arte.

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Mas se esta é uma conexão difícil de provar, segundo a polícia, o mesmo não sucederá com 17 outros assaltos na auto-estrada, ao longo dos últimos dois anos, avança o Telegraaf. Todos eles, suspeita-se, cometidos pelo mesmo gangue.

Estas “limpezas em andamento” foram relatadas em outros pontos da Europa, quase sempre visando smartphones topo de gama. Contudo, não houve detenções nos outros casos, pelo que a polícia holandesa planeia enviar impressões digitais dos suspeitos aos colegas europeus para verificar se há correspondências em roubos anteriores.

O chamado “método romeno” é conhecido desde que a polícia divulgou, já em 2012, imagens captadas a partir de um helicóptero, num vídeo esclarecedor quanto ao modus operandi. Ora veja: