Esqueçam a Torre Eiffel, uma grande marcha pelas ruas de Paris, uma festa bombástica no Parque dos Príncipes: a primeira apresentação de Neymar como reforço do PSG foi do mais sóbrio possível e teve apenas dois protagonistas numa mesa, de fato e gravata. Começou a falar Nasser Al-Khelaifi, o proprietário do clube francês, acabou com Neymar a responder de forma aberta a todas as perguntas, feitas sobretudo por jornalistas brasileiros no início (seguiram-se franceses, espanhóis, ingleses, italianos… de todo o mundo).

“Não quero ser estrela, quero ganhar títulos”, destacou o avançado. E o que responde a quem o acusa de mercenário? “Quem diz isso não sabe nada da minha vida. Nunca joguei por dinheiro, se fosse por isso podia estar noutras equipas. Só quero ser feliz e cuidar da minha família, só isso”. Até o proprietário do PSG pediu a palavra nessa altura: “Se fosse para ganhar dinheiro estava num outro clube, veio por causa da ambição, do projeto e porque para nós é o melhor jogador do mundo. O que ele mais quer é escrever história no clube”.

“Se olharmos para o Neymar como uma marca e uma referência, acho que vamos ter a ganhar muito mais do que aquilo que gastámos com esta contratação. Toda a gente ficou a ganhar porque a ligação Neymar PSG é uma marca”, acrescentou Nasser Al-Khelaifi, que mandou todos aqueles que estão preocupados com questões de fair-play financeiro dos parisienses… tomar um café. “Não se preocupem com isso”, disse.

“Peso? 69 quilos. Não tenho mais nada nos ombros”, respondeu depois o brasileiro, a propósito da pressão por ser a partir de agora o jogador mais caro do mundo. “Estou muito feliz por estar aqui. Vim para onde o meu coração pediu“, acrescentou depois numa ideia que viria a repetir algumas vezes ao longo da cerimónia.

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“Deus faz as coisas no caminho certo e no momento certo. Ele colocou no meu coração que tinha que ser agora. Aumentaram os desafios, estou louco para começar a treinar, jogar e ser muito feliz aqui“, comentou, ao mesmo tempo que admitiu querer jogar o mais depressa possível pelo PSG.

“Tenho muito carinho por todos os adeptos do Barcelona e respeito-os a todos, em geral. Fiz história no Barcelona, ajudei a equipa da melhor maneira que consegui e juntos conquistámos muitos títulos. Não posso fazer todos felizes. Não fiz nada de errado e fico triste por pensarem que sou um traidor“, resumiu no último adeus ao ex-clube. E então e aquele tweet de Piqué onde o central garantia que ia permanecer em Camp Nou? “Estávamos a brincar mas disse-lhe que não fizesse isso porque não tinha decidido…”