O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, está a ser investigado por suspeitas de fraude, abuso de confiança e suborno, confirmou a polícia durante uma sessão judicial na quarta-feira, onde ficou decidida a proibição de divulgação pública de informações sobre as negociações entre a polícia e um antigo chefe de gabinete do atual primeiro-ministro. De acordo com o Haaretz, a ordem é válida até 17 de setembro.

Netanyahu é arguido nos casos “1000” e “2000”. O primeiro envolve o multimilionário israelita e produtor de Hollywood Arnon Milchan que, segundo o Haaretz, terá oferecido vários produtos de luxo à mulher do primeiro-ministro, Sara, que foi ouvida na terça-feira pelas autoridades. O “Caso 2000” diz respeito a um negócio que Netanyahu terá tentado firmar com Arnon Mozes, publisher do jornal diário israelita de grande circulação Yedioth Ahronoth.

O negócio foi descoberto durante uma investigação a um antigo chefe de gabinete do primeiro-ministro, Ari Harow, que durante quatro anos foi um dos associados mais próximos de Benjamin Netanyahu. Segundo a imprensa israelita, Harow, que também está envolvido num caso de fraude e lavagem de dinheiro, está a negociar com as autoridades a redução da sua pena em troca de informações sobre Netanyahu.

O gabinete do primeiro-ministro já veio desmentir as acusações, afirmando em comunicado que as investigações têm como único objetivo deitar a baixo o Governo. “Rejeitamos completamente as acusações infundadas contra o primeiro-ministro”, cita o The Guardian. “Há uma campanha para mudar o Governo, mas está destinada ao fracasso por uma simples razão: não acontecerá nada porque não aconteceu nada.”

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