A EDP só conseguiu comprar 43,9 milhões de ações na oferta pública de aquisição (OPA) que lançou sobre a sua participada, a EDP Renováveis, o que representa apenas 5% do capital.

A OPA não conseguiu convencer investidores que representam cerca de 17,44% do capital, pelo que a EDP não conseguiu atingir os 90% da EDP Renováveis que permanecerá no índice PSI das principais empresas cotadas em Lisboa.

O resultado da oferta, divulgado esta sexta-feira, revela a insatisfação da maioria dos investidores com o preço oferecido na OPA de 6,75 euros por ação. A EDP recusou subir esta contrapartida, que exclui já o dividendo distribuído este ano. A oferta abrangia cerca de 196 milhões de ações da EDP Renováveis, correspondentes aos 22,47% da capital que a EDP não controlava.

Na prática, a empresa liderada por António Mexia conseguiu apenas comprar um quinto — cerca de 22% — das ações a que se destinava a oferta. A EDP investiu 296,4 milhões de euros nesta OPA para ficar com 82,6% do capital da EDP Renováveis. Apesar deste desfecho, fonte oficial da EDP adiantou à Bloomberg que a empresa está confortável com o resultado da oferta.

Em comunicado, a empresa realça que esta a oferta é um passo adicional para reforçar a cooperação e integração das operações na actividade de produção de energia eléctrica, através de fontes de energia renovável assim como a simplificação do perfil de capital do grupo EDP.

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A elétrica lançou a OPA sobre a sua participada em março deste ano, uma operação que iria financiar com o encaixe obtido na venda de ativos de gás natural em Portugal e Espanha. A EDP Renováveis foi dispersa em bolsa em junho de 2008.

Que fazer na OPA à EDP Renováveis? Por enquanto, nada