O partido no poder em Cabo Verde (MpD) fez esta sexta-feira um balanço “extremamente positivo” do ano político, que terminou na semana passada, salientando que está “forte e coeso” para resolver os principais problemas do país.

O balanço foi feito à imprensa pelo secretário-geral do Movimento para a Democracia (MpD), Miguel Monteiro, na sequência da reunião da Comissão Política Nacional (CPN) do partido, que contou com a presença do presidente e também primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva.

“Este ano que agora encerra foi extremamente positivo para o MpD”, afirmou Miguel Monteiro, justificando-se com a vitória do partido em três eleições realizadas no ano passado, uma delas as legislativas, em que o partido regressou ao poder após 15 anos na oposição.

O dirigente partidário apontou ainda a vitória nas autárquicas, onde o MpD ganhou 18 dos 22 municípios e ainda apoiou Jorge Carlos Fonseca, que venceu as eleições presidenciais na primeira volta.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

A nível interno, Miguel Monteiro indicou a realização da convenção do partido, renovando os seus órgãos internos, e recentemente deu início ao processo de eleição das comissões políticas concelhias. “O partido está vivo e dinâmico”, sublinhou Monteiro, dizendo que isso é uma “mais-valia” e um “fator distintivo” para suportar as decisões do Governo no Parlamento e abordar os desafios deixados pelo anterior Governo do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV).

“Os desafios da Nação são vários e só mesmo tendo um Governo forte, coeso e focalizado, pode trabalhar para resolver e mitigar os principais problemas do país”, afirmou.

Dizendo que o MpD estava ciente dos desafios do país, Miguel Monteiro salientou que há situações maiores do que o partido pensava, concretamente as encontradas nas empresas públicas IFH e TACV ou a questão do Novo Banco de Cabo Verde.

Essas questões estão a ser resolvidas paulatinamente. Independentemente daquilo que encontrou, vamos dar soluções aos problemas encontrados”, prometeu o político, apontando, por exemplo, o desemprego, a insegurança, falta de rendimento para as famílias.

Quanto ao próximo ano político, Miguel Monteiro anunciou ações como a realização da universidade de verão e a comemoração dos 25 anos da publicação da atual Constituição da República, ocorrida a 25 de setembro de 1992.